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sábado, junho 06, 2009

Na fazenda


O novo reality da R&c*rd, @ f@$&nda, é bizarro, como não poderia deixar de ser. Afinal, o que esperar de um reality de celebridades onde ninguém conhece as celebridades? Lembra os tempos da saudosa e pioneira Casa dos Artistas e das atuações perfeitas de Alexandre Frota e Supla (aliás, queria aproveitar o ensejo pra mandar um beijo pro Alexandre Frota e dizer o que há muito tempo eu não digo: Frota eu te amo, cara! O mundo ainda não está pronto para o seu talento! Deixa o Tarantino te descobrir, rapaz. Esse país não reconhece seus verdadeiros talentos). Sem contar com o apoio luxuoso de Silvio.

O reality já surge bizarro logo na abertura. Um programa que se chama The farm, cujo objetivo é celebridades (cof, cof) realizarem tarefas do universo da fazenda, começa com a música Staying alive, de Embalos de sábado à noite. Hein? Wadahel? No que eles pensaram? Não pensaram, é o problema.

Eu vi o episódio onde os participantes eram divulgados. Houve muita especulação sobre quem participaria e nomes como Preta Gil até a hora H eram uma incógnita. O critério pra participação foi bem claro: pega quem tá entrando no ostracismo ou quem nunca saiu dele. Nessa categoria entram aquele menino bom de Cidade de Deus que tem nome de sorvete, Jonathan Haegen Daz (tava indo tão bem na vida, coitado!); B@bi X@vier (que já mudou de nome tantas vezes...), cujo rosto parece ter sido vítima de experiências de uma equipe de cirurgiões plásticos comandado pelo Marcelo Caron (no estilo pisca e levanta o pé. Ai, que saudades de Bárbara Paz!); a D@n*y C@rlos...quem? Sim, leitor, aquela mulher chata pra caralho que se acha roqueira e se acha engraçada e nunca conseguiu emplacar nada (a frase dela: Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Uau. Que incrível. Que original); a Mulher Samambaia, que eu descobri que se chama Danielle e que gosta de dormir pelada e é sempre sincera (deixa quieto, pra que chutar cachorro morto, né?) e por aí vai.

Outro critério para participação foi: parentes distantes de celebridades. Nessa categoria entram a namorada do Latino, acho que é Mirella, a Luciele di Carmago, irmã do Zezé di Camargo e Luciano (que já fez novela até do Manoel Carlos, mas a vida é dura, eu sei. Aliás, descobri que ela tem a mesma mania que eu: pegar nas orelhas dos outros, assim como o Dado Ado Ado); a Marina Mantega, meu deeeeeus do céu!!!! Cadê o pai dessa menina? Esse povo não tem família, cara. Não tem. Nem amigos.

Outro critério foi: tem nome de periguete, entra. Nessa categoria entraram de novo a Luciele, a Francielly (a Mirella podia se chamar Mirelly, e aí o trio tava completo, mas nada é perfeito). Aliás, as três estão no paredão da semana. Assim como no BBB tem votação pra ver quem é O fazendeiro, que é a pessoa que comanda as paradas durante uma semana.

Tem também um tal Mendigo, humorista; algumas pessoas de duplas caipiras lado B e mais um povo que eu não imagino de onde surgiu (como por exemplo um tal de Miro que já ta pegando a B@b#).

E tem o Dado. Ado Ado. Que, claro, já ta criando polêmica. Foi falar que cada um tinha um lugar na mesa e uma moça chamada Bárbara, que eu nunca vi, e não sei o que faz, só sei que as manias são sempre que lê, pinta, escreve, desenha, assiste a um filme ou cozinha, tem mania de apagar as luzes (cara...a piada vem pronta, né? Tipo...pra não ver as merdas que faz ela apaga a luz. Agora me diz como alguém que escreve consegue fazer apagando as luzes. Chico Xavier, quem sabe?) saiu chorando, dizendo: “é só porque eu não sou celebridade”. Chora, não filha! Tem meia dúzia aí que eu nunca vi mais gordo. Parece que tá rolando uma disputa de quem é mais famoso. O roto falando do esfarrapado. O tomate falando que a maçã é vermelhinha.

Aí é isso. Eles já estão lá se pegando (na porrada e no amasso), falando merda (eu escutei uma menina dizendo “não somatiza, gente!”, enquanto a outra chorava) e tentando sobreviver na roça.

Logo na entrada a B$bi chamou o pessoal pra fazer uma oração. Nããão, quase não foi oportunista. E o Dado Ado Ado emendou e começou a pedir pelos políticos...e pelos artistas lado B que vendem a alma ao Diabo, Dado, que tal?

O que dizer? Por mais que você pense e espere que eles façam merda, sejam fúteis, idiotas e não tenham absolutamente a menor idéia do que estão fazendo ali eles sempre podem te surpreender. Mas o fato é que ainda tô vendo pouco, porque tá batendo com o horário da novela.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Me inclua fora dessa


Vocês conhecem a expressão “boi de piranha”? Sabem de onde ela veio? Quando o boiadeiro precisa atravessar o gado por um rio cheio de piranha ele escolhe o gado mais velho, fraco e doente pra seguir na frente, de forma que as piranhas se distraiam com ele, que já não vai muito longe mesmo, e deixe o restante do gado passar em paz.

Nada não. Só pensando alto.


* * *

E chutar cachorro morto? Chutar cachorro morto é ótimo. Adoro essa expressão. Você pode prever o comportamento de um cachorro morto. É até covardia. Por outro lado é mais cômodo também.

É mais fácil nos ampararmos nos rótulos que criamos sobre as pessoas do que tentar entender caso a caso. Ver que embora sempre tenha sido assim, pelos séculos e séculos amém, talvez dessa vez, dessa única vez, não tenha seja.


* * *


Outra comunidade que eu quero criar no orkut é: “estabeleço cumplicidade para ofender”. Sabe esse tipo de pessoa que diz: “posso te dar um toque? Você tá um pouco gorda. Eu posso falar porque eu também estou” ou “você tem um defeito que eu sei como é, porque eu também tinha...” e tome porrada. Você estabelece um grau de identificação para com o interlocutor para depois dar uma cacetada. O que não impede da pessoa ficar puta da vida com você e pensar: “quem ela pensa que é pra falar isso?” ou “caralho, se eu for igual a você, amigo, eu me mato!”. E o que é pior: a pessoa que fala isso nunca acha que realmente é assim. Ela sempre acha que ela está um pouco melhor, baseada no fato de assumir o próprio defeito. Ai de você se virar pra ela e disser: “realmente, Beltrano, você também é assim. Aliás, eu diria até que você é um pouco pior do que eu”.

Claro que essa comunidade vai estar relacionada a uma que eu já faço parte chamada: “exemplifico expondo os outros”. Porque a mesma raça de gente que faz uma coisa, faz outra. Do tipo: “eu quero te dar um toque. Você anda muito desligada. Eu sei por que eu também já fui assim. Inclusive Fulaninha também, né Fulaninha?” – e mexe com a pobre da Fulaninha, que nem tinha entrado na história.

Claro que as intenções são sempre as melhores. Aliás, a coisa que eu mais tenho medo é de gente de boas intenções. Esse tipo de gente é o que mais te decepciona. Porque o que é boa intenção pra um pode não ser pro outro. Só o inimigo nunca te decepciona. Ele vai te fazer sempre o que você espera: mal. Tenho medo é de amigo.

No que cai na minha filosofia de vida, na qual vou montar uma Igreja, dominar o mundo, ser milionária, casar com o Santoro ter seis filhos e adotar quatro: “quer ajudar ao próximo? Cuide de si mesmo”. Quero adesivos. Canecas. Camisetas. “Faça algo de bom para o outro: seja egoísta”. Quantos problemas seriam evitados! Até Cristo disse: “ame ao próximo COMO a si mesmo”. Ele não mandou ninguém amar mais ao próximo. Cuide da sua vida antes de tudo. O símbolo da minha Igreja será a Ema. Embaixo dela, o nosso lema (que também rima): “Ema, ema, ema. Cada um com os seus pobrema”. A Ema pode estar dentro de um quadrado. Ado, ado, ado.

Igreja Universal Renascer na Ema. IURE. Não economizaremos no teto.


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Hoje em dia o que eu mais faço é escrever posts que nunca são publicados. E ao invés disso, escrevo frases sem sentido, cuja ordem não importa e todo mundo acha que eu estou escrevendo para A, B ou C, mas na verdade é para Z.
Ou não.