terça-feira, setembro 25, 2007


Eu sou chocada como eu sou tapada para certos assuntos. Na vida profissional e em alguns aspectos da minha vida pessoal eu até que sou bem espertinha. Saco as coisas minimamente, percebo as oportunidades...mas em outros parece que uma nuvem se instaura sobre o meu olhar. Uma nuvem cinza. E eu vejo as pessoas passando e vivendo e fazendo coisas e, sobre esse prisma, sobre esse único aspecto da existência, eu vejo a tudo isso como se fosse um filme. Antigo. Preto e branco. Mudo.


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E por falar em mudo, morreu o Marcel Marceu hein, gente? Que coisa. Já posso imaginar as manchetes cretinas dos jornais: “Sem palavras” ou “Mudo pra sempre”.


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Quem morreu também foi o André Gorz. Você não sabe quem é André Gorz? Peraí, VOCÊ NÃO SABE QUEM É ANDRÉ GORZ? Eu também não sabia até hoje. Mas recebi uma mensagem hoje em uma lista de discussão dizendo que “o filósofo francês André Gorz, co-fundador da prestigiosa revista Le Nouvel Observateur junto com Jean Daniel...”. Mas porque eu estou dizendo isso? Porque ele se matou. Junto com a esposa que sofria de uma doença degenerativa. Detalhe: ele tinha 84 anos.

Bonito isso, né? Se matar em solidariedade à esposa. Ainda que um tanto frustrante. Viveu até os 84 agora espera, né?

Sem contar que fica uma coisa meio assim Nelson Rodrigues. Pacto de amor.


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Eu acho uma sacanagem o que esses canais de seriados – como a Warner – fazem. Quando voltam as estréias do horário nobre, as Prime Times, eles simplesmente começam a reprisar as Mid Seasons – séries que eles enfiam, tipo The L Word, quando as Prime saem de férias. Aí, tipo...a gente agüenta a seca das Prime Times, se apega às Mid e de repente eles começam a reprisar os episódios das Mid. Muito desrespeito para com o telespectador fiel e dedicado. Tipo...foda.

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Fenômeno bizarro e estranho ocorre na mansão White: cadáveres de baratas estão aparecendo. Sim, cadáveres. Ontem tinha uma deitada de costas, perna aberta, dentro do meu Box. Crente que ia tomar um banho! Fui mata-la – porque eu sou macho e mato baratas – e a bicha tava morta. Hoje vejo outra na porta de entrada, igualmente morta. Na boa: ou há um serial killer no mundo baratal ou elas estão tomando drogas e vindo morrer aqui. Por que aqui eu não sei. Ou então são meus vizinhos sem loção que, após jogar embalagens vazias de camisinhas deram pra jogar corpos de baratas. Era só o que faltava. Chama a equipe de CSI!


3 comentários:

Anônimo disse...

Eu também sou tapada com alguns assuntos, no meu caso é política, mas acho que no fundo nem faço questão de entender mesmo!

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(sem palavras)

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Puxa, que bonito isso... eu também não sei como eu viveria se eu chegasse até a velhice ao lado de algum homem querido, eu não me mataria não; mas seria quelas véinhas que "vai embora" logo em seguida.

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Já desisti dos seriados por causa deste tipo de coisa, nhé.

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Carrie, as vezes o seu prédio esta sendo detetizando mesmo...

BEIJOS!

Anônimo disse...

Moro em Mariana, Carrie. Vc conhece?

Anônimo disse...

carrie, com certeza tem produto anti-baratas espalhado pelo seu prédio. aqui em casa é assim tb. eu só queria saber pq elas escolhem a minha casa pra morrer... pq???
bjks