29 anos
(Júlio César Meireles de Andrade)
de uns vinte e nove anos pra cá,
poucos poetas me fizeram
amar intensamente um poema
reler a cada dois ou três dias
reler e reler em alta voz
e sentir o poema percorrer os ossos
a ocasião faz o poema?
de uns vinte e nove anos pra cá
tenho lido poucas coisas que
me tragam a perplexidade necessária
sim, a perplexidade necessária
que anda escassa e por isso mesmo,
cada vez mais necessária
escassos vinte e nove anos
com algumas raras exceções que,
vez ou outra, abalam
nossos frágeis esqueletos.
Daquelas que não entende nada: uai, Primo. Mas você não tem 27?
Primo Poeta vai casar minha gente! Depois de um filho e meio. E eu vou ser madrinha, lalalalala – (do casamento, já que os filhos eles me enganam, me engana... fazem promessas ocas. Mas eu já roguei praga que serão gêmeos! Aí eles não vão poder dar desculpa. E já estou na campanha Crisma João Francisco 2017). Semana que vem. Lá em São Vicente de Minassss, pertinho de Andrelândia e ainda mais frio e pequeno que esta – se é que isso é possível.
Um comentário:
29 anos é para dar um charme e para os críticos discutirem o porquê de 29 anos sendo que o poeta tem (ou tinha, quando escreveu) apenas 27 anos, rsrsrs
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