segunda-feira, março 26, 2007

Para mulheres (e homens que gostam de mulheres - mesmo!)


Tem um seriado novo passando no Warner Channel chamado Men in trees. Às quartas feiras, 22h. Tem reprise domingo, às 15h. É dos mesmos roteiristas de Sex and the City.

A história é a seguinte (pelo que eu entendi, porque eu não vi o primeiro episódio): a mulher é uma escritora de sucesso de livros de auto-ajuda para mulheres; dá palestras sobre relacionamentos homem-mulher e como achar o homem certo. Até o noivo traí-la. Aí todo o mundo que ela construiu entra em crise e – não sei como – ela vai parar numa cidadezinha chamada Elmo, no Alasca. E nessa cidadezinha ela muda seus conceitos. Porque ela encontra o biólogo Jack. O primeiro homem de verdade que ela conhece em toda a sua vida. E, meninas...Jack é realmente...something. Nem conto pra vocês. Só vendo.

Aliás, essa é a graça da cidadezinha. Como em quase toda cidade do norte dos EUA e Canadá, ela tem muito mais homens do que mulheres. E homens com cara de homens. Lenhadores, pescadores e outras atividades manuais desse quilate que deixam os homens com cara de homens. Homens que usam blusa de flanela, que tem a barba por fazer e não depilam o peito. O oposto de metrossexuais. Mas nem por isso são toscos. São sensíveis como homens devem ser sensíveis e não sensíveis como mulherzinhas em TPM.

Eu acho que precisamos de novos movimentos feministas que levem em conta que homens e mulheres são muito diferentes. Existem tarefas, sim, que deveriam ser masculinas e outras femininas e fiquei pensando nisso enquanto assistia esse seriado. Não me venham dizer que um homem que se arruma mais do que eu é uma coisa legal. Não é e nunca vai ser. A prateleira de cremes dele no banheiro não pode ser maior – nem igual – a minha. Xampu? Ótimo! Condicionador? Vá lá. Reparador de pontas? Tô fora. Desodorante? Fundamental. Perfume? Excelente! Mas passou disso já complica. Hidratantes só são tolerados dependendo do caso – mesmo assim, com reservas.

Da mesma forma é papel dos homens tomar a iniciativa. E pagar a conta. Pelo menos nos primeiros encontros. Homens não discutem relação. Pelamordedeus! Não compliquem as coisas! No fundo eu acho que fomos nós, as mulheres que estragamos os homens. As mulheres foram ficando tão confusas que os homens aprenderam a ficar confusos também. Homem confuso é um dos piores males da contemporaneidade.

E nessa cidadezinha ela encontra essas espécimes raras que são homens de verdade (tudo bem que é uma obra de ficção e a coisa toda é um pouco romanceada). Homens bonitos, charmosos e interessantes sem parecerem gays; homens sensíveis sem serem melosos e chorões; homens que sabem o que querem ao invés de estarem sempre confusos. Homens simples. Na melhor acepção da palavra. O que eu e você, cara leitora, queremos de um homem.

Eu sou suspeita pra falar, porque eu adoro essas paisagens do Canadá ou norte dos EUA – eu ainda hei de morar no Maine, numa dessas cidadezinhas de livro do Stephen King, bem estranhas e geladas, com direito a um Hoverlock Hotel. Além disso, a mulher é uma escritora! Tem coisa melhor na vida? Morar num lugar isolado, gelado, escrever pra ganhar a vida e rodeada de homem bonito! Quer coisa melhor? Mas independente disso é uma série que vale a pena se ver.


No episódio dessa semana a editora dela vai visitá-la na cidadezinha. Chegando lá ela se envolve com um – espetáculo! – homem de lá. Aí ela acorda de manhã e vai saindo de fininho da casa (ele mora num barco) dele, quando o cara começa a perguntar se ela não quer um café da manhã e coisa e tal. Daí ela diz que não é dessas que precisa de carinho “depois” e já vai andando. E ele diz “tá bom, eu só queria te fazer um café”. Pegaram, caras leitoras? Quer dizer: a mulher já tá traumatizada de homens que tem pânico de qualquer contato sentimental mais estreito, pois acham que você vai “pegar no pé”? Sacaram? Isso lembra alguma coisa a vocês? Eu conheço pilhas de homens assim.

O que as mulheres querem? Assistam Men in trees. E vejam se vocês não concordam comigo.

PS: E homens que acham que entendem as mulheres, garotas? Tem coisa mais chata? Que acham que sabem dizer exatamente o que elas querem ouvir? Relou! Quase nunca é! Vocês já toparam com esses por aí? Ai, ai...cansaaaaço.

4 comentários:

Andrea disse...

Nossa, adoro tanto essa série.

Anônimo disse...

Carrie, se não me engano ela vai lá para dar uma palestra e neste meio tempo o noivo acaba com o relacionamento, aí ela resolve ficar.
O episódio da semana passada foi realmente ótimo - o que era aquele espécime masculino que a editora deu uns pegas?! tudo de bom!!
BJS

Carrie, a Estranha disse...

Pandora,

Sim, tb fiquei de cara! O que era aquilo, Jesus? E a mulher era bem mais ou menos, né?

Bjs

julieporto disse...

eu totalmente tinha me entusiasmado com a série, porém o único episódio q eu consegui ver foi um em q ela tem pobremas com a irmã, q é bonita, querida, espalhafatosa, deitona, nhénhénhé, e ela não é nada disso e nhénhénhé, e elas dão uma festa de aniversário q vai todo mundo por causa da irmã e não dela, nhénhénhé, fiquei mei decepcionada sabe...vou tentar assistir outro pra ver se pega.