domingo, janeiro 14, 2007

Micro-autobiografia de um justiceiro



Vocês já pararam pra pensar como é incrível o fato do ar sair entrar e sair do nosso corpo? Toda vez que eu penso nisso, fico um tempão inspirando, expirando, inspirando, expirando.
E o coração batendo? Não é incrível? Mesmo que você não queira, o tempo todo ele tá lá, bombeando sangue pra todos os órgãos do corpo. Tum-tum, tum-tum, tum-tum. E as veias levando o sangue?!!!! Eu quase choro de emoção quando penso nas veias carregando nosso sanguinho, cheio de nutrientes, como uma rodovia complicada. E o estômago, gente? Que coisa linda! Imaginem a cena: “vamo lá, gente. Tá vindo o almoço aí. Ih!! Alarme falso. É só uma coxinha. Pessoal do suco gástrico. Vem, vem, agora desfaz. Isso. Deixa solto”.
Cara, o corpo humano é uma aventura emocionante. Por isso é que eu fico puto de ir nessas lanchonetes e ver esses gordos nojentos pedindo hamburgueres duplos, triplos, escorrendo queijo, catchup, batatas fritas, sundaes com caldas e amendoim etc. Acho imoral. Já pensou o trabalho que isso deve dar pro pessoal da limpeza? Imagina a turma do estômago: “Vai lá, gente. Não pára, não, que tá vindo mais”. As artérias falando umas pras outras: “não dá, o caminho tá ficando cada vez mais estreito, desse jeito eu inviabilizo tudo qualquer hora dessas. Vou começar a operação tartaruga”.
Por isso, eu gosto de sair de madrugada pra ver esses porcos imundos entupindo pizzarias e lanchonetes. Aí quando eles estão lá prontos pra comer o décimo mega-sei-lá-o-quê eu jogo meu “saco da verdade”, composto de banha de porco, groselha e amido de milho. E ainda grito: “tá satisfeito, gordo safado!! É assim que os eu estômago de sente”.

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