quinta-feira, dezembro 21, 2006

A banda


Rodoviária Novo Rio, hoje. Perto de 40º graus. Cheia. Semana de natal. Chego pra comprar minha passagem e está rolando o “5º Concerto de natal da Viação Cidade do Aço”. Palquinho armado, bandinha completa tocando musiquinha de natal. Balões.

O bom era ver a cara das pessoas chegando. Todo mundo cansado, suado, molhado de chuva, de repente dava de cara com uma banda tocando na maior altura. Era aquele olhar de “que porra é essa?”. Como se não bastasse o fato de você estar indo pra Volta Redonda você ainda é obrigado a passar por isso. Fizeram o favor de colocar o palquinho do lado da fila pra comprar passagem. Aquele esporro no seu ouvido. A fila enorme. Ao final da primeira música só alguns aplausos da Assessora de Imprensa, perua louca, que estava ao lado. A fila de passageiros só olhou, do tipo: “Acabou, né?”

Tinha uma TV qualquer filmando, entrevistando pessoas. Pensei: se falarem comigo eu mordo. Não falaram, mas me filmaram. Na hora em que eu tô indo comprar passagem. Então ainda corro o risco de aparecer em algum telejornal da região, em alguma matéria cretina sobre o movimento de Natal (pior foi uma amiga que apareceu num salão, no Natal passado, numa matéria sobre o aumento da freqüência em salões de beleza. Foi zoada até dizer chega).

Enquanto tava musiquinha de Natal ainda ia, o problema foi quando entrou naquela MPB em ritmo de bandinha. Pra não dizer que não tinha nada de bom deram um chocolatinho na hora de vender a passagem. No ano que vem quero a minha parte só em chocolate, tá? A bandinha eu passo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Carrie, acredite (deve ser o caso dessa banda), a gente que canta nessas "indiadas" não faz pq acha lindo cantar em lugares cheios de gente q não tá nem aí, mas faz pelo cachê mesmo.