terça-feira, outubro 03, 2006

Maluca do cabelo branco


Hoje, na minha aula de metodologia em história econômica, chegou uma americana que ganhou uma bolsa e veio fazer um estágio no Brasil. A professora apresentou a garota, a pesquisa dela, e deu uma resumida nos trabalhos de todo mundo. Quando chegou a minha vez, eis que vem a seguinte definição, num tom de brincadeira (acho):

- Essa pessoa de cabelo quase...(ela pensou durante alguns segundos) branco [Hein??!!] é a Carrie. A pesquisa dela não tem nada a ver com a de ninguém aqui. Ela pesquisa um literato brasileiro chamado Rubem Fonseca, muito importante pro século XX. Dizem por aí que ela já tá meio doida de tanto perseguir o sujeito. Se ela vai conseguir, eu não sei. Mas que ela é teimosa, isso é.


Pausa para reflexão.


Quando você descobre que a coordenadora do seu programa de pós-graduação te acha "a maluca de cabelo esquisito que persegue um senhor de 80 anos", é hora de se preocupar.

Ou não.

Se essa “teimosia” a que ela se refere for entendida como tentativa de fazer o melhor possível de um trabalho que eu amo, beleza. E se ajudar na hora dela me dar uma bolsa pros EUA, pra pesquisar mais sobre a vida do meu velhinho, aí pode me chamar de esquizofrênica do cabelo verde que eu respondo “senhora?”.

É engraçada essa coisa de ter o cabelo de um tom mais chamativo. As pessoas viajam na cor que elas querem! Ainda mais o vermelho, com mechas, como é o meu caso. A cor vai mudando a cada lavada e as mechas vão aparecendo e ele vai do louro ao abobrão em questão de dias, passando por tons amarelais. Esses dias a manicure que faz a minha unha há 5 anos disse que eu sempre pintei o cabelo dessa cor – só agora em novembro vai fazer um ano. Eu mesma levo susto quando vejo fotos minha de cabelo castanho.

E tem sempre o fator daltonismo, né?

Mas a melhor de todas as definições foi a do meu priminho Mateus, filho do meu primo, Juninho. Ele me tirou de amigo-oculto ano passado e usou a seguinte frase pra me definir: “a minha amiga oculta me deu um panda quando eu era pequeno e é a cabelo-roxo-Rio-de-Janeiro”. Isso porque minha mãe era a “cabelo-roxo-Volta-Redonda”. Fofo!

Mas, aproveitando o ensejo: alguém conhece ou tem algum contato, por mais tênue e distante que seja, com o Rubem Fonseca? É, o escritor, que escreveu Agosto, A grande arte, Buffo & Spallanzanni, Mandrake? E-mails para a redação, por favor:
carriewhiteaestranha@yahoo.com.br.


9 comentários:

Lara disse...

Cara eu rio muito com seus posts!
A teimosia a que ela se referiu com certeza deve dizer respeito a sua perseverança e vontade de dar o melhor de si, se não ela não teria dito nada!

beijos

Anônimo disse...

O tom do "teimosa" pareceu bom. Acho que vou fazer pós em algum relacionado a drogas \o/

Anônimo disse...

Hmm, acho que o Zé Rubem mora no Leblon, não? E é muito amigo do João Ubaldo.
(Ajuda enooorme!)

Anônimo disse...

A Cora Rónai deve saber. Ela é muito bem relacionada.

Carrie, a Estranha disse...

M. Eduarda,

Cê ri, né? Pq não é c/ vc! Rsrsrs

Leo,

Pq seu blog estava fechado pela polícia federal? É mais uma de suas mirabolantes estratégias de marketing?

Anna,

Eu sei q ele caminha sempre na praia do Leblon/Ipanema, às 5 da manhã. Meu plano B, se tudo mais falhar, é ir à praia lá pelas 5 da manhã e ficar na espreita. Se ele não mandar me prender ou me der um soco achando q eu sou uma psicopata, quem sabe eu consigo falar com ele?

Ele tb é amigo do Jô. E do meu ex-chefe, q me demitiu.O q não ajuda em nada em ambos os casos.

Anônimo,

Sim, pode ser...vou ver se eu falo com a Van, q é amiga dela. O problema é q ele não gosta de dar entrevistas.

Bjs a todos

Anônimo disse...

Não peça a ele uma entrevista e sim um "auxilio" para você possa terminar o seu trabalho. As vezes mudando as palavras o sentido se mistura e as pessoas fazem o que queremos. beijos e boa sorte.

Anônimo disse...

By the way, o nome do anônimo acima é Ricardo.

marilia disse...

carrie, vc é deis......rsssss
se vc achar ele, o rubem, dê um beijo nele...

Anônimo disse...

Já usei cabelo de muitas cores também. Isso das mechas desbotarem rápido é chatíssimo. Uma época o meu era listrado e me chamavam de Shakira. Outra vez fiz mechas num vermelho, digamos assim, muito aberto. Meus amigos me apelidaram carinhosamente de Ronald McDonalds. Sim, eu confesso, tava laranja. Agora estou num castanho avermelhado discretíssimo.

Tá, eu sei que vc não perguntou nada. ;)