sexta-feira, junho 30, 2006



Já falei pra vocês da minha paixão por papelarias? Não? Pois é. Eu amo papelarias. Nenhuma loja de roupa, nem de sapato, nem de coisa alguma compete com essa minha paixão. Apenas as livrarias me despertam a mesma emoção. Mas livrarias já pertencem a outra ordem de estabelecimentos. Dentre as coisas mais, digamos, mundanas, as papelarias me despertam todos os sentidos. Adoro o cheiro das papelarias. Tenho sempre que entrar pra conferir as novidades. Pois eu sempre, sempre estou precisando de algum coisa numa papelaria.
Sempre estudei. Sempre fiz milhares de cursos. Fiz faculdade, mestrado e agora faço doutorado. Fiz cursos de coisas que vocês nem imaginam. Instrumentos musicais, canto, teatro...Também dei aulas. Ou seja, sempre utilizei muito material escolar. Talvez essa minha paixão seja um pouco parecida com aquilo que eu falava no post sobre a Casa & Vídeo. Acho que papelarias são a esperança que podemos, com o material certo, tornarmo-nos estudantes perfeitos. O Veríssimo tem uma crônica muito parecida com isso. Ele fala sobre a emoção ao abrir um caderno novo. Um caderno novo em branco é a esperança de se passar tudo a limpo. O mal aluno pode se tornar bom. Um novo diário pode ser começado. Uma nova fase da vida.
Uma das minhas papelarias preferidas aqui no Rio é a Casa Matos. Ia sempre na que tem perto do IFCS, no Largo de São Francisco, no Centro do Rio. Corredores e mais corredores de papéis, blocos, bloquinhos, cadernos, cadernetas, folhas soltas de todos os tamanhos, pastas, pastinhas, pastões, clipes de todos os tamanhos, formatos e cores, grampo pra grampeador, mais uma infinidade de material de desenho, canetas, lápis etc. Mas agora vou pouco lá, pois é um local que não está no meu caminho ultimamente.
Ontem, descendo em Copacabana, eis que me deparo com a "Loja do contador". Papelaria. Desde 1964. Como assim, Bial? E eu não sabia? Sério? Claro que tive que entrar. Ainda mais porque voltei a fazer aulas de inglês (a sério) e francês (por um mês), portanto preciso de cadernos. Aí já viu, né? Uma caneta aqui - afinal, canetas são sempre bem vindas - um grafite, uma pasta; enfim, fiz uma compra modesta que totalizou 24,00 (sim, modesta, porque eu gasto às vezes 80 reais de papelaria). Produtos bons, baratos e em grande quantidade. Já virei frequentadora assídua.
Além disso, quando eu era criança, só pra ser diferente, eu detestava motivos infantis, na sua maioria na decoração do meu material. Gostava das coisas mais neutras. Antes tivesse usado. Hoje em dia preciso de tudo muito papagaiado! Estojo da Hello Kitty, régua do Snoopy, Meninas Superpoderosas e todo personagem que aparecer eu compro.
Às vezes acho que, se os salários não fossem miseráveis eu deveria dar aula pra criancinhas.

Um comentário:

Lara disse...

Aline eu também sou LOUCA por papelarias!!! Eu tenho umas 50 canetas de tudo quanto é cor, cheiro, com brilho, sem brilho, olha... vício total! Sem contar os bloquinhos, os papeis, as coisinhas mil! Amooooo! :)

Quanto aos argentinos, eu também senti que eles adoram o Brasil, acho que eles só entram em conflito com os brasileiros quando o assunto é futebol. Mas que eles são racistas, isso eles são. Acham que Bolivianos são Bolitas, Paraguaios são sei lá o que, os Uruguaios nem se fala, os brasileiros são os Brazucas...
Quanto ao preço das coisas, realmente, a comida e o vinho lá são infinitamente mais baratos do que aqui.

beijinhos