A vida acontece nos intervalos

Então. Ontem eu fiz 35 anos. Tive festa surpresa da Puka dos meus alunos na segunda - sim, eu trabalhei, segunda - e comemoraçãozinha singela entre poucos aqui em casa.

E, como a vida é feita de pufs, com disse a Grazzy, eis que vários novos pufs surgiram; pufs do bem, pufs inesperados, pufs em várias áreas, pufs que podem mudar tudo em pouco tempo, pufs assustadores, pufs que precisam ser mantidos em segredo, pufs que nem eu mesma acredito, pufs com poucas chances, pufs fáceis; em suma: pufs aconteceram e mudaram tudo. Pra melhor.

Mas, é sempre bom lembrar que a impermanência é a característica básica de um puf e que, obviamente, eles também vão acabar. Alguns porque deixaram de ser simples promessas e viraram realidade - até que um novo puf a destrua -, outros porque duraram apenas o tempo de uma bolha de sabão. 


Contudo, a vida acontece entre um puf e outro. Só a expectativa já vale. Eu sei, pra maioria de vocês isso soa como pessimismo sem fronteiras. Mas não é. Não é mesmo.  


As coisas podem dar certo, mas também podem dar errado. Mas a gente acha que a primeira é regra e a segunda exceção. E se você simplesmente coloca a possibilidade das duas coisas acontecerem é logo taxada de pessimista.


Esses dois últimos anos que eu voltei para Gotham City parece que minha vida esteve em stand by. E eu tenho quase que certeza absoluta que no momento em que eu realmente começar a viver como se essa fosse realmente a minha vida - porque de fato é - tudo vai mudar novamente. Como se Deus, o Destino ou o Acaso dissesse: "ah, já aprendeu essa lição? Então, agora podemos passar pra próxima". Porque é assim que as coisas são. E não adianta fingir que aprendeu, se de fato não aprendeu de verdade.