quarta-feira, junho 23, 2010

Interação total, a gente vê por aqui

Ontem veio um cara da Oi aqui em casa pra mudar a nossa conexão de internet (estamos comprando um desses pacotes mais em conta e a velocidade vai subir - u-hu - de 300k pra 1 mega, o que é ótimo, pois temos uma mini rede interna de 3, às vezes 4 computadores, então quando liga tudo fica realmente mais lento. Nossa, pra quê tanto detalhe, Carrie?). Formiga Mãe cisma que eu tenho que ficar atrás do cara o tempo todo, dando assistência. Só que ela não se contenta e também fica atrás. Dando assistência. E dá palpite. E pergunta. E isso. E aquilo. E bota o cara pra falar com o outro técnico que vai ter que vir puxar uma extensão. E o cara vinha falar as coisas importantes todas pra mim e, no final, quando foi escrever a ordem de serviço deu pra eu assinar. Tipo, acho que ele achou que eu era a adulta.

Quando fui levá-lo até a porta ele se vira pra mim:

- Ela [minha mãe] interage bem, né? Enquanto tá assim, tá bom. Lúcida, conversando...

Cara. Mimijei de rir internamente já imaginando a reação da minha mãe. Não deu outra. Quando fui contar pra ela, a resposta foi na hora:

- Ah é, na certa ele pensou que eu tenho uns 100 anos e pensou "é, até que a velha tá andando e falando, tá bom".

Pronto. Virou a piada da semana entre mim e minha irmã. Qualquer coisa que minha mãe fala, logo mandamos: "interage bem, né?".

Isso me fez lembrar de quando Rimão do Meio conheceu João Fanquico, nosso priminho hoje com 4 anos e filho do meu Cósnis. Meu irmão é pscólogo e todo trabalhado nas paradas de cognição e desenvolvimento e sei lá o quê mais. Rimão pegou ele no colo, no alto de seus 1 e 90 e poucos. Suspendeu o menino, chegou perto, olhou, fez barulhinhos, apalpou... E João Fanquico também não se fez de rogado. Ficou firme, não chorou - minha sobrinha tinha muito medo do meu irmão. Analisou meu irmão, afofou as suas (na ocasião) longas suiças a la Wolverine, apalpou o cabelo espetado, encarou bastante (João tinha uma mania terrível de encarar as pessoas quando era bebê, um troço realmente desconcertante), analisou Rimão de todos os ângulos que sua pequena estatura de então permitia. Após o escrutínio minucioso, Rimão o entregou a alguém e vaticinou: "é, ele interage bem".


Pro meu primo Serginho não houve coisa mais engraçada do que aquilo. Todo mundo falando o quanto o João era fofo, bonitinho, inteligente e meu irmão: "interage bem". Tipo, só um psicólogo pra dizer que a criança "interage bem".

Ou seja: autismo aqui em casa não rola. Todo mundo interage que é uma beleza. Até demais, eu diria.

6 comentários:

Alê disse...

Beijos pra sua mãe.

:D

Alê

Ila Fox disse...

Todos nós interagimos bem aqui no blog! aeeee

Júlio César Meireles de Andrade disse...

Nem eu lembrava dessa, rsrsr.
E a da Tia Malu, foi demais, rsrsr
Imagino direitinho a reação dela...
beijos

Carrie, a Estranha disse...

Alê,

Obrigada!

Ila,

Isso! Muitos anos de interação.

Cosnis,

Lembrava, não? A gente morre de rir dessa até hj.

Bjs

Eu disse...

Então é praticamente genético essa excelência na interação...e eu achando que era mérito seu, rsrsrs.

Carrie, a Estranha disse...

Carmen,

Eu sou a mais anti-social aqui de casa, tida quase como antipática às vezes. Pra vc ter uma ideia.

Bjs