terça-feira, junho 29, 2010

Amanhã eu vou avaliar as condições de jardinagem aqui de casa. Peguei dicas com Único Cunhado e sairei às compras: pazinha, luva, terra e coisinhas básicas. Vou começar tentando recuperar os vasos aqui de casa. Depois vou investir nas jardineiras das sacadas. Depois vou comprar novas plantas. Depois quero fazer uma hortinha de temperos. Vou pegar muda de tomate cereja com a Tia Tatá e plantar manjericão, hortelã e outras ervas - legais, mentes imundas. Depois assumirei as plantas da frente.

Mas por enquanto vou ver os vasos que temos e começar a colocar água e cortar folhas amareladas.



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No carro, eu ouvindo Lisbela, do Los Hermanos. Mamãe: É o Wagner Moura cantando? Eu: Não, Bebê. É Los Hermanos. Mamãe: Mas o Wagner Moura tem uma banda. E como falou de Lisbela...achei que podia ser.

E não é que parece?


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Vocês sabiam que existe uma revista chamada Fértil. A capa era a Fátima Bernardes. Muito justo. Mas fiquei pensando: tem gente suficiente pras capas seguintes?

Tópicos da revista: mitos sobre a FIV (acho que deve ser fertilização in vitro); Sexo durante a FIV (pode encavalar, né?) e Dicas para engravidar.

Eu só conheço uma. Tolinha.


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 E o jornaleiro que outro dia me deu carona até em casa, depois do silvisso? Inda me contou caso das filhas. Melhor que o taxista tarado-e-bobagento.


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Rimão, o que você vai falar no congresso na Escócia e na Inglaterra? Ele: Um panorama da cena noise brasileira. Eu: que se resume a você, né? Ele: não, tem o Fulano no Sul, o Beltrano em SP...

A cena noise aqui de Gotham é irada. Só noise industrial (piada interna).


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A última de João Francisco - contada por terceiros e, certamente, com erros.

João (4 anos) acordou irritado. Não queria fazer nada. O Irmão, um ano mais novo que ele, também era acordado pela babá.

Babá: Vamos, Marco Antônio. Vamos trocar de roupa, mamar, pra depois a gente ir ver a vaquinha (ou o cavalinho, ou qualquer outro bicho. Lembrando que eles estão próximos ao universo rural, então esta proposta não seria tão bizarra).

João Francisco, dando ordem pro Irmão: Marco Antônio, não (sic) faz nada! Não mama, não troca de roupa, porque eles enganam a gente!

Enganam mesmo, João. E isso nunca termina.

Michael, Michael, they don't really care about us!



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Depois, João com um semblante sério. Alguém pergunta: o que foi, João? Ele: Tô muito preocupado. Adulto: Com o quê filhinho? Ele: Vou ter que dançar quadrilha.

Nossa, eu também ficava muito tensa na época da quadrilha. Porque tem toda uma problemática, né? Se saísse um menino que eu detestasse era horrível. Ao mesmo tempo, se fosse alguém que eu era afim eu ficava mais nervosa ainda, porque, puxa, muita pressão. Então era bom ser aquele colega simpático, não muito bonito e gente boa. Um meio termo.

E o papel dentro da quadrilha? Sim, porque tem a noiva, a mãe da noiva, a mãe do noivo e cada um representa um papel. Por exemplo, aqui na minha rua rolava um certo teatrinho. O noivo fingia que ia fugir, ou não queria casar, a mãe da noiva desmaiava, o pai ia atrás e trazia ele no laço. Eu era tímida demais pra todas essas encenações. Sem contar que todo mundo era mais velho(a) do que eu, o que sempre aumentava a pressão. Lembro que a noiva era sempre uma das filhas do nosso vizinho, que era casado com a filha de um bicheiro, que Deus a tenha em um bom lugar, pois já morreu - e, claro, eram os mais ricos da rua, moravam numa casa que mais parecia um hotel, apelidada de Castelo de Greyskull, só pra sentirem o clima.

O máximo que eu já fui foi mãe de noivo. O que era legal, afinal tem uma certa relevância, mas ao mesmo tempo era low profile.

Minha infância foi muito dura. Eu era excessivamente tímida e apegada aos meus pais e odiava interagir. Na adolescência eu reagi. Sim, porque eu nunca gostei de ser tímida. Acho que nenhum tímido gosta. Daí eu lutei contra. Nos trabalhos em grupo da escola, às vezes rolava de só uma pessoa falar e eu me candidatava - tão aí Karine e Fló que não me deixam mentir. Na minha turma rolava sempre aquela coisa do professor falar todos os grupos façam um trabalho normal, mas eu quero um grupo pra fazer algo diferente. Quem era o grupo? O meu. Tipo teatro, maquete, apresentações interativas...Por acaso meu grupo continha as melhores alunas da sala e nego fica meio puto, do tipo ih-lá-vão-elas. Sempre fui uma tímida espalhafatosa, como diria Caê. Até hoje.

Bons tempos aqueles de festa juninha da rua, onde íamos todos pras casas da entrada ajudar a decorar com bandeirinha; as mães faziam comida; os pais faziam coisas de pais....bons tempos. Todo mundo era vivo ainda. Morreu pelo menos uma pessoa em cada casa da minha rua. Claro, morando 30 anos no mesmo lugar é inevitável que se morra gente. Hoje em dia mais casas foram feitas e tem gente que eu não sei nem o nome.


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Entrou por uma porta, saiu pela outra. Quem quiser que conte outra.

8 comentários:

Ila Fox disse...

Não levo menor jeito com jardinagem. :-(

*

Eu morria de vergonha de dançar quadrilha. Mais ainda quando resolviam que eu seria a noivinha, argh!(Tenho birra de vestir de noiva desde criança).

Só fui começar a achar graça de dançar quadrilha no ginásio, quando o povo mais zoava que dançava.

Lembro de uma festa junina onde as mulheres vestiram de homem, e os homens de mulher. Foi muito engraçado.

Lívia. disse...

Quadrilha era uma coisa muito tensa no meu colégio também.
Odiava aqueles vestidos e os ensaios todos. E o principal problema: como estudei no interior da Bahia, TODOS sabiam dançar forró desde que nasceram e eu nunca levei jeito pra coisa. Muito complicado.
Mas, hoje em dia, a festa que mais amo é mesmo o São João. Com direito a viagem pro interior, bandeirinha, comidas típicas, fogueira e todo o resto.

;*

Carrie, a Estranha disse...

Ila,

Hahahaha...sim, vc devia ser uma noivinha fofa! Realmente as noivas eram as lourinhas, as fofinhas, as com mais carinha de princesa.

Lívia,

Mas eu gostava bem, viu? Com toda a tensão, com tudo isso, mesmo asism eu gostava. Nossa, no interior da Bahia deve ser o máximo. Pra mim festa juninha tem cara de interior.

trinity disse...

Sempre fiquei muito tensa em festa junina.
Eu preparava dias antes da festa os cartões do correio elegante, mas não recebia, enquanto as garotas bonitas recebiam várias e ficavam competindo quem recebeu mais.

***

Eu moro a quase 28 anos no mesmo local, e vi algumas pessoas residentes aquela rua morrer, mas o mais bizarro é ver os 3 vizinhos de frente de casa ficarem todos viúvos. E ainda foi em sequência!!!

Amana disse...

Há! Quem diria, tímida, tímida, hoje sucesso no mundo virtual... hahaha

Eu adorava eventos sociais como festa junina. Mas murria de vregonha de quadrilha - vergonha e vontade.
O melhor da festa junina da escola era que a minha mãe dava dinheiro pra mim e pras minhas irmãs (menores e, na época, sob meu comando) pra gente comprar quitutes nas barracas. A alimentação lá em casa era muito regrada, não entrava refrigerante quase nunca, besteira, never! Aí a gente se fartava de fritura nessas ocasiões, sem o controle dela. Teve uma vez - glória total! - que obriguei minhas irmãs a reunirem as moedas que sobraram comigo pra gente comprar um saco de Fandangos presunto. Me lembro até hoje do gosto, uma perfeita contravenção.

Unknown disse...

òtimos tempos msm.
Me lembro de uma vez em uma festa junina do grupo, q o Gustavo de Petrópolis (sabe-se Deus pq) dançou. Todas as meninas, inclusive eu, doidas p dançar c ele no "tu com par roubado". Não me lembro quem conseguiu, mas me lembro q o Toninho, o menino mais feinho e mais gordinho, é que me "roubou".
Preciso dizer tb q o João Francisco tava lindo! Dançou graciosamente com um fiapinho de palha na boca. E ele era o noivo.
Lindo, lindo!!!

Ila Fox disse...

Carrie,
Aiaiai, loira do olho azul sooofre, hahaha. Sente só a minha cara de desgosto de vestir aquele vestido de noiva - http://twitpic.com/217wbp

Alê disse...

Sua mãe se referindo sobre a banda do Wagner Moura foi muito bacana!

Eu acho sua mãe muito antenada, pronto falei.

:D

Tinha um menino no pré, o Eric que vivia ficando do meu lado e sempre queria brincar comigo.

Ele foi o noivo na nossa festa junina e foi muito engraçado, pelo que minha mãe conta: eu não fui a noiva, ams ele saiu correndo atrás de mim na festinha da escola.

Eu amava ficar no gira gira.

Ah, a Gigi do Bambalalão.

Que frase bacana!

Beijos

Alê

P.S.: quando fui dançar quadrilha na escola, eu não fiquei preocupada, mas na minha formatura da faculdade, eu enchi um copo de requeijão (nossa) com vinho e tomei escondido de uma vez, porque tava muito nervosa e emocionada.