segunda-feira, agosto 24, 2009

Pagando todos os pecados.

Eu não sou uma purista da língua portuguesa. Defendo a língua, mas entendo que ela é viva e é feita de gírias e expressões de outras línguas que são incorporadas. Não sou dessas pessoas que escreveu "resumo em língua inglesa" ao invés de Abstract na tese, não falo "sítio", e sim site e nem "endereço eletrônico", e sim e-mail. Mas eu queria realmente entender porque a linguagem publicitária insiste em falar tudo em inglês. Ok, eu entendo que brainstorming é bem melhor do que "tempestade cerebral" ou "tempestade de ideias", que deadline é melhor do que "prazo final" (não tão melhor, mas um cadiquinho assim mió), mas alguém poderia me explicar qual o problema em se dizer "caso" ao invés de "case"? Muda tanto o sentido assim? Por que temos que estudar "cases"? O "case" vencedor, o "case" que deu certo...tipo...dá vontade de gritar: "seje homi, rapá! Fale tua língua, ô porra!".

Me lembra de um dos meus ex-coordenadores na Escravos de Sá. O sujeito não só abusava no inglês como fazia questão de falar naquele sotaque que acho que nem os americanos e ingleses falam. Overdose virava Ouuuuverrrrdoooouuuuse em sua boca. De vomitar de tão escroto.

É que agora eu dou aula pra publicitários...pois é...e eu preciso me inteirar do vocabulário.

Porque não basta humilhar e bater. Tem que dar na cara, que é pra estragar o velório.

3 comentários:

Nayara disse...

Eu choro de rir cada evz que você fala "Escravos de Sá" kkkkkkkk

Ok. Se algum dia você, porventura ler no meu blog esta expressão; "Porque não basta humilhar e bater. Tem que dar na cara, que é pra estragar o velório"... Sim, eu copiei discaradamente de você..kkkkkkkkkkkk

Carrie, a Estranha disse...

Não é só Escravos de Sá. Tem tb Esculacho de Sá e Escracho de Sá. sim, eu nunca mais vou trabalhar lá. assim eu espero.

Carla M. Conceicao disse...

Oi, Carrie! Sempre leio o blog, mas nunca comentei. Esse assunto da publicidade interferindo na lga portuguesa tb me tira do sério. Dia desses, ao tomar um sorvete de iogurte, que eles cismam em chamar de "frozen yogurt", me vi sendo orientada pelo atendente a escolher 3 toppings. Quase falei que topping é o c*! Disse que queria coberturas. E olha que eu não estava na Barra Pesada da Tijuca... Percebo tb que a linguagem publicitária tenta impor mudanças na estrutura do idioma. Vai me desculpar, mas eu voo "DE/PELA" GOL. "Voe Gol" é o c*!
Abraços,
Carla