entre o fim do começo e o começo
do fim toda coisa tem uma massa
inerte feito ponte pela qual
passamos distraídos – ou não:
os astecas sentiam chegar o exato
momento do meio da vida – o meio
do meio da vida, o momento em que
o que já vivemos é exatamente
igual ao que ainda não vivemos
- e nesse momento preciso o mais
comum dos astecas sentia uma súbita
e inexplicável vontade de tomar um trem
mas como ainda não o tinham inventado
ele acabava por entristecer-se
(daí a tristeza, essa vontade de algo
que ainda não inventaram)
(Gregório Duvivier. "A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora"*. Editora 7 letras, 2009).
* O que não deixa de ser uma boa sugestão para uma segunda feira.
Conversas sobre o Nada e o Absurdo. Teorias nonsênsicas sobre a Vida. Resmungos. Bestices. Egocentrismo. Nenhum assunto em particular. Vida acadêmica, cultura pop e literatura. Depois não diga que eu não avisei.
domingo, julho 26, 2009
O meio de todas as coisas
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Um comentário:
as vezes tenho vontade do inexplicavel qeu ainda nao foi inventado. uma vontade de nao sei o que que fica nao sei onde.
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