segunda-feira, janeiro 12, 2009



Estou me sentindo em um grande episódio de A grande família. E – pior – desconfio que eu seja o Tuco.

Pensando bem poderia ser pior. Bem pior. Eu poderia ser o Beiçola.



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Finalmente consegui arrumar meu quarto todo. Não sem altas doses de emoção. Estava eu, alegremente picando recibos antigos, quando vejo uma aranha gigante, a maior que eu já vi em toda a minha vida (ao vivo pelo menos) andando do meu lado. Dei um pulo, comecei a gritar a casa inteira. Daí vem Irmão Engenheiro e Cunhada Zooctnista. IE começa a querer que eu o ajude. Nem morta! Sou mulher e da área humana. Vocês que são do mundo animal e vegetal que se virem. E a aranha corre. E eu subo em cima da cadeira. E eu achando que ela tinha entrado no meu armário, na seção de sapatos, pra quem sabe sair de lá num salto agulha, mas eis que ela estava num cantinho. Foi morta.

Depois eles ainda me contam que era uma aranha armadeira. Ela pula nas pessoas e morde. E é venenosa. Já pensaram ela mordendo minha sobrinha de apenas 3 aninhos? Claro que eu pensei em todas as coisas horríveis que poderiam ter acontecido.

E vocês acham que minha sobrinha ficou com medo? Claro que não. Tiveram que segurá-la pra ela não vir brincar com a aranha.

Vejam só a carinha dela (da aranha, não da minha sobrinha):



E de onde veio essa princesa? Dos jardins de Versailles. O jardineiro real esteve a podar a vegetação essa semana e deve ter desalojado a bicha. (Sim, a criadagem esteve em peso em Versailles essa semana).



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E por falar em criancinhas, mais uma idéia para comunidades no orkut: “Herodes tinha razão”। Ou “Herodes era o cara!”. Se você tem dúvidas sobre ter ou não filhos conviva com uma criança na faixa etária dos 2 a 4 anos. Rapidamente você terá a resposta. Eu nunca conheci uma criança nessa faixa etária que fosse educada. A não ser eu, é claro.

Minha sobrinha basicamente descobriu que possui cordas vocais. E que a escala aguda é o seu forte. Ela dá uns agudos de deixar a Tetê Espíndola parecendo o Louis Armostrong. E fala. Fala que nem pobre na chuva. Conta altas histórias. Pergunta o porquê de tudo. Guarda tudo o que você fala. Quando não gosta de alguém ou alguma coisa faz pffff com a boca. Chama a avó de Shó. Acorda de mau humor no último grau. Nesse dias você não pode sequer olhar pra ela que ela já grita “nããão”. Isso mesmo. Nem me olhe, amigo! Disse que vai casar com o Rabicó do Sítio do Pica Pau Amarelo. Mas tem uma quedinha pelo Visconde também – por que não gosta do Pedrinho, que seria um mais óbvio, eu não sei. Um porco e uma espiga de milho não são exatamente as melhores opções. Vamos trabalhar desde cedo essas escolhas amoras pra ela não ficar que nem a tia. Pedrinho, menino bom, mora na cidade, tem futuro.

Minha sobrinha não come. Nada. At all. Absolutamente nada.

Minha sobrinha se joga no chão a qualquer sinal de contrariedade.

Minha sobrinha tem mania de simetria, gosta de fechar portas e gavetas abertas e não gosta quando dão biscoito quebrado. Toczinho infantil, olha que fofa! Que nem titia!

Minha sobrinha é muito popular. Faz amizades rapidinho. Ao contrário da tia que sempre foi um bicho do mato.

Minha mãe faz absolutamente todas as vontades da minha sobrinha. Todas.

E o pior: todo mundo pensa “ah, mas a minha (meu) filha(o) vai ser diferente” Claro que vai! Bem pior.

Na dúvida, não tenha.



***



Dieta começando. E lá vamos nós. Pelo menos estou cinco quilos mais magra do que o começo da dieta no ano passado – melhor focar nos aspectos positivos e não no fato de que eu engordei cinco quilos. Aquela história do copo meio vazio ou meio cheio. Meio copo está meio cheio – no caso, a analogia contrário seria melhor. Minha meta do ano (em relação a emagrecimento) é: manter o emagrecimento devagar e sempre. Não agüento mais essa vida de sanfona. Tenho até o dia 31 de dezembro pra perder 14 quilos. Só não posso engordar. Vamos lá, garota. Olho de trigre.

Para o alto e avante. Ou marche, como diria o Pica Pau.



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Relatórios pra entregar até o final do mês. Tese me olhando de soslaio. Praticamente de mau comigo. E eu a divagar.


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Alcides voltou do dotô तोड़ो pimposo. Teve que fazer um upgrade, coitado. Memória de 160, que é pra ele parar de confundir as pessoas e esquecer datas e nomes.

Chegou todo faceiro, como ele sempre chega quando volta do check up. Ah, Alcides...

Também to precisando trocar meu HD


6 comentários:

Ila Fox disse...

Aii Carrie, que aranha horrenda! no mínimo a bichinha se revoltou de terem derrubado a casa dela e foi na sua casa fazer um manifesto. :-P

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Pra mim filhos é como aquela roupa que você acha que fica bem nos outros mas em você fica estranho.
Não consigo me imaginar mãe. Tá eu até imagino, mas de um filho já então jovem adulto com rumo tomado que de para conversar de igual para igual. Sem esta de aguentar barriga crescendo, fraldas sujas, criancinhas birrentas e adolescentes estressadinhos. Blé.
Por isso que amo meus gatos.

*

Alcides é o nome do seu computador? hehe. O apelidinho do meu é caixinha de maçã. :-P

Anônimo disse...

noooossa! tinha várias armadeiras na minha casa em Niterói - VR, mas nunca vi uma tão grande assim!!! será q elas sofreram mutações por conta da CSN????

Sobre os filhos: minha mãe vive dizendo q vai ter nove netinhos, três de cada filha. A gente sempre ri, diz "até parece" (nenhuma das três quer tão cedo, ou melhor, parecemos não querer nunca), mais risos, blablablá, e vem sempre alguém que manda: "ah... mas a Amana já tá na hora, já está até casada!!!". Silêncio. Por enquanto, me agarro no "só depois do doutorado dá pra começar a pensar nisso...", torcendo para que a desculpa me poupe de constrangimentos familiares em reuniões idem. Mas não tem jeito, volta e meia minha mãe sonha q eu estou grávida. Odeio decepcionar pessoas queridas...

beijão!!
Amana

Carrie, a Estranha disse...

Ila e Amana,

Eu até sou da turma q quer ter filhos. Mas, como diria Formiga Irmã, não a qualquer preço. Quero mediante algumas condições - como por exemplo ter um marido. Se isso vai acontecer, não sei. Cada vez mais acho q quem pensa muito em ter filhso acaba não tendo e q as pessoas menos preparadas para os ter são as primeiras a fazê-lo. Se vc não pensa sobre, vc não se cuida, logo engravida ou engravida os outros (as outras, no caso). Enfim. Temos tempo.

Não esqueci seu documento não, Amana. Vou mandar.

Bjs

Ila Fox disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ila Fox disse...

O certo seria: "Quero mediante algumas condições - como por exemplo ter um ÓTIMO marido e pai PRESENTE".
Menos que isso baby, será como criar "dois filhos" sozinha, entende? :-P

Quem pensa demais não faz mesmo. Término da pós, um bom emprego, a casa contruida, o dinheiro guardado, qualquer coisa é desculpa para adiar a hora de ter filhos. O negócio é fazer meio no susto mesmo, assim tbm não dá tempo de idealizar. ;-)

trinity disse...

Carrie,

Mesmo vc descrevendo essas atitudes não apropriadas da sua sobrinha, eu ainda acredito em algumas raras crianças que possam ser meigas entre a faixa etária 2 -4 anos, não diria o mesmo entre 5- 7 anos. Porém, faço parte do "todo mundo" que acha q vai conseguir fazer diferente (pelo menos uma parte). Eu quero muito ter um bebê, mesmo me arriscando a ter uma pestinha! Talvez boa parte do q descreveu negativamente de uma criança seja pelo excesso de mimo!

E concordo plenamente - quem pensa muito em ter filhos acaba não tendo, acho q é meu caso! Visto que, eu sempre quis "família margarina". Como estou vendo o tempo passar e nada ocorrer...a idéia agora é ter um bom $$$ pra me sustentar e bancar a criança! E é claro o detalhe básico achar alguem interessante q me forneça o material masculino, pois em clínica eu seria mto curiosa querendo saber quem é o pai, ai não ia rolar, rs!

Beijos