terça-feira, dezembro 18, 2007



Pequeno Dicionário Amoroso na Globo. Esse filme é a mais perfeita tradução do que é o amor. Ele é um filme aparentemente bobo, mas não é não. Não é uma comediazinha romântica. Não, não é. Ele engana.

Nem gosto de ver.

É exatamente aquilo: amor começa, atinge um pico e depois declina, até morrer completamente e deixar um suave gosto de não-sei-o-quê. De repente, assim como no final do filme, você o vê na rua, andando, com outra e você com outro; outros planos concretizados ou abortados. E você pensa onde foi parar todo aquele espaço que era dele. Outra vida. E você se pergunta onde estarão essas outras vidas, essas outras pessoas que vocês foram. Estão em parte ali, mas em parte se perderam pra sempre.

Deve existir outro tipo de amor. Deve. Aliás, existe. Eu sei que existe. Só nunca tive. Esse tipo de amor é exceção. Quase como uma espécie rara de inseto. Um trevo de quatro folhas. Só que é esse amor que os filmes, livros, propagandas de perfume, bebida, carro, plano de saúde e sabonete íntimo vendem. Só que 99,9% de nós não teremos essa chance. Sorry, perifa. O amor – esse amor – é pra poucos. Mas os outros amores também são muito bons.

E a trilha sonora com o Ed Motta? E a cena deles pintando o quarto de azul...
"Devia existir uma licença felicidade. Quando a pessoa se apaixonasse ela devia ficar o dia seguinte todo sem fazer nada".

Ai, vou dormir. Vou parar de ver assim que eles começarem a brigar. Ler minha Ana Karênina que é o melhor que eu faço.

14 comentários:

Anônimo disse...

Ah Carrie, eu também não acreditava não!

Achava que era coisa de livro, filme, música, poema... qualquer coisa que não fosse vida real!

Tava quase casando só por que fazia um tempo que estava com a pessoa quando me deu cum clique "peraí?? vou casar com ele só por que estamos a 4 anos juntos? mas eu nem estou feliz com ele!!" aí joguei tudo pro alto e terminei, sem medo.

Meses depois apareceu ELE, o cara certo, e aí não tive dúvidas, e por incrível que pareça é como nos livros, filmes, músicas e poema... até melhor, por que nesta nós somos protagonistas.

Esteja aberta à isso, mas não esperando.

Ps - Ah, e não é difícil achar trevo de quatro folhas não... eu já achei dois jardinzinhos repletos deles, colhi alguns e enfiei no meio dos meus livros para secar. :-)

Beijos menina Carrie.

Carrie, a Estranha disse...

Raposinha,

Esse seu namorado é realmente um príncipe encantado. Há qto tempo vcs está juntos?

bjs

Anônimo disse...

Estamos a quase um ano, lógico que ainda é cedo demais para conhecer uma pessoa né... mas tipo, principe encantado ele não é não! hehe, tem um humor do cão e tem umas crises existenciais fuedas...

Eu uso os outros namorados que tive de parâmetro.. já tive dois namorados antes dele, e não me lembro de me sentir tão feliz assim com nenhum deles, nem no começo quando é a época que ficamos mais sem noção...

Sei lá, ele, mesmo com todos os defeitinhos dele eu gosto, é diferente, minha mãe diz que a gente encontra a pessoa certa quando encontramos os defeitos que aguentamos. E acho que é verdade.

Eu posso estar falando uma grande besteira, e daqui uns meses estar sozinha novamente, mas pelo menos ele me faz bem de verdade enquanto isso... :-)

Carrie, a Estranha disse...

Que bom. Aproveite enquanto durar. É isso q importa.

bj

anouska disse...

bom, vão me chamar de chata, mas eu acho que esse outro amor não existe não, babe. *o* amor é só isso que a gente tem mesmo. às vezes ele dura muito, às vezes ele dura pouco, mas nem por isso deixa de ser bom. essência do amor não existe. sininho tocando, muito menos. existem duas pessoas que ralam pra se manter íntegros e se salvar da rotina, porque quer ver o amor levar trombada é quando passa pelo crivo da rotina. sentar pra fazer lista de supermercado e decidir quem vai lavar os pratos pode ser muito bonitinho no começo. depois começa a dar canseira. não estou dizendo que o amor não exista. ele existe sim e É isso. carinho, amizade e cumplicidade. amor de propaganda de margarina? pff. o problema é que pra alguns isso de ter uma sólida relação baseada na amizade basta. pra outros não. e aí, toca procurar aquela pessoa que vai fazer o teu coração pular de novo. em suma é isso. amor é isso. também nele é preciso que se incorpore o princípio da incerteza. sorry; escrevi demais. =]

bjs!

Anônimo disse...

Oi Carrie! Além de ser quase vizinha da Gotham City (a minha seria o quê? hmmmm.... sugestão para Resende?), estou sempre por aqui me deliciando com a leitura deste blog. Mas, hoje, em especial não aguentei as tiras ao lado direito...hahaha... FAN-TÁS-TI-CO!! Parabéns, sempre.

Anônimo disse...

Cris Vizinha e Carrie querida;
Vejam o que eu achei na Wikipedia!

Gotham e Metropolis são cidades irmãs, na geografia dos quadrinhos... Será que isso soluciona a dúvida quanto ao nome para Resende?

Isso porque Barra Mansa já é Bahamas...

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One map showing Gotham City in relation to Metropolis, the home of Superman, published in New Adventures of Superboy #22 (October 1981), placed Gotham City and Metropolis on opposite sides of a large bay. In Swamp Thing vol. 2, #53 (October 1986) the geography of Rhode Island was the basis of another map of Gotham City. The current definitive maps of Gotham City are those based on the ones produced for the "No Man's Land" story arc.

The distance between Gotham City and Metropolis has varied over the years, ranging everywhere from being hundreds of miles apart to being twin cities on opposite sides of a large bay. Blüdhaven, a city that for several years was home to Nightwing, is located near Gotham City. Additionally, the Seven Soldiers of Victory series Klarion the Witch Boy, calls New York City the "Cinderella City", referring to nearby Metropolis and Gotham as its "ugly step-sisters".

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Beijo grande, do
Alvaro

Anônimo disse...

Uia que interessante rapaz! hehehe

Carrie, a Estranha disse...

Cris,

Vc sabe q, nesse assunto, concordamos.

Álvaro,

Hahahaha...é, quem sabe?

bjs

anna v. disse...

Carrie querida, é chover no molhado, mas obviamente depende de quanto peso você coloca nessa maldita expectativa do amor ideal. Ó, raios, por que o século 19 não nos abandona?!
Esse seu post me lembrou esse texto aqui, muito bom:
http://aoutracasa.blogspot.com/2007/12/made-in-china-reflexes-sob-o-dilvio.html
Beijos

Andrea disse...

eu gosto especialmente da palavra final:zerar, algo q nao aprendi a fazer direito pq sou neurótica confessa.

raquel winter kreischer disse...

E aquele filme simplesmente amor?
Eu fico deprimida com essas comédias românticas... como se a gente fosse cruzar com o amor da vida na esquina e ele fosse largar tudo para vir atrás de nós e vice versa...
Bom, eu encontrei uma vez A pessoa por quem eu faria isso. Mas ele não, lalalala.... bem. Eu não vi ainda esse filme de que vc fala não. devo?

Carrie, a Estranha disse...

Raquel,

Sim, mas esse filme é triste. Não tem um final feliz.

bj

Anônimo disse...

Carrie, ambem ADORO este filme! E exatamente por isso: é a vida como ela é!!!! Infelizmante! Mas, na verdade, nao deixa de ter um final feliz para os dois, mesmo q nao juntos...
Concordo c a Cris... no momento vivo ( ha 3 anos)o maior amor do mundo, algo que nunca imaginei na vida, meu principe encantado com seu cavalinho branco e seus defeitinhos...hehehe. Mas sei que manter isto é foda, entao acredito muito no Vinicius... "...que seja eterno enquanto dure". Espero que dure muiiiiiiiiiiito!
Grande beijo!