domingo, agosto 26, 2007

Show: crítica


Fui ao show do Alceu Valença sexta feira, na Fundição Progresso, na Lapa (para os amigos além mar: a Lapa é um antiga zona boêmia do Rio, revitalizada há alguns anos e point. Supostamente mais alternativa anda mais lotada que os mais lotados points. O bom é que como tem muitas opções dá pra espalhar um pouco mais o movimento). A Lapa estava tão lotada, tão lotada como eu nunca vi. O engarrafamento chegava na Glória. Por fim desisti, desci do táxi e fui andando até onde tinha combinado de encontrar o povo.

Nem sou fã do Alceu Valença, mas também não é alguém que eu não goste. Toda música que eu lembrava dele, as pessoas diziam: “não, essa é do Geraldo Avezedo” ou “não, essa é do Zé Ramalho”. Enfim. Mas eu passei perto. É tudo Grande Encontro.

Lá chegando, fiquei procurando todo mundo, sem encontrar ninguém. Depois passa uma amiga de carro: “cara, tá muito cheio! Onde eu vou parar?”. Fiquei na minha tomando uma cerveja enquanto minha amiga estacionava. De repente vejo uma turma de desconhecidos gritando meu nome e acenando do outro lado da rua. Como assim? Já estou famosa? Eram os amigos da minha outra amiga que eu estava tentando encontrar.

O show estava muito cheio. Muuuito. Mas conseguimos ficar num lugar tranqüilo, sem as pessoas nos esmagando – na verdade vendo o Alceu do tamanho de uma formiga, mas tudo bem.

Ele fez um longo show, bem legal, tocando várias músicas que nem eram dele – enquanto eu bradava: eu falei que ele cantava essa música! E as pessoas diziam: não, Carrie! Essa é do Fulano! Além disso a abertura foi do Casuarina – que nós perdemos – e o encerramento seria do Raiz de Sana, grupo de forró. Eu não sou muito chegada a ritmos étnicos em geral, mas tudo bem. O problema é que o show começou e de repente parou. Um refletor tava ameaçando cair na galera e eles resolveram transferir o show por palco principal, onde havia sido o show do Alceu.

Dona Henriquetta já começava a dar os primeiros sinais de dores nas juntas e achei melhor evadir-me do recinto. Já eram quatro horas da madrugada. Meus amigos ainda ficariam um pouco mais. Saí pensando em pegar um táxi, mas a rua estava tão cheia, tão cheia que parecia nove da noite. Resolvi andar um pouco mais pra pegar um táxi na Riachuelo e de repente passa um simpático 572 (ônibus), com ar condicionado e vazio. Demorô. Entrei. O ônibus foi enchendo, enchendo...e engarrafando. Quatro da manhã e você engarrafada num ônibus lotado. Ainda bem que tinha ar condicionado e eu tava sentada. E em ônibus lotado não tem assalto, porque a pessoa não tem nem como sacar a arma.

Cheguei no recanto de meu lar e dormi. Dormi ontem o dia todo. E depois de meia noite às onze de hoje. Terceira idade é assim: quando sai, precisa de um dia pra se recuperar. E olha que nem bebi muito.

2 comentários:

Anônimo disse...

menina, quase fui nesse show! :-)
uma amiga me chamou mas como eu trabalho no sábado, acabou não rolando...
hehe, se bem q do jeito q vc falou q tava cheio, provavelmente eu não ia te achar.
qdo vai rolar um bolinho na casa da Cris pra eu pegar um autógrafo seu?? hehe.
bjks

Carrie, a Estranha disse...

Sim! Vamos marcar! Estou às segundas em Nikiti!

bjs