Fui ao show do Alceu Valença sexta feira, na Fundição Progresso, na Lapa (para os amigos além mar: a Lapa é um antiga zona boêmia do Rio, revitalizada há alguns anos e point. Supostamente mais alternativa anda mais lotada que os mais lotados points. O bom é que como tem muitas opções dá pra espalhar um pouco mais o movimento). A Lapa estava tão lotada, tão lotada como eu nunca vi. O engarrafamento chegava na Glória. Por fim desisti, desci do táxi e fui andando até onde tinha combinado de encontrar o povo.
Nem sou fã do Alceu Valença, mas também não é alguém que eu não goste. Toda música que eu lembrava dele, as pessoas diziam: “não, essa é do Geraldo Avezedo” ou “não, essa é do Zé Ramalho”. Enfim. Mas eu passei perto. É tudo Grande Encontro.
Lá chegando, fiquei procurando todo mundo, sem encontrar ninguém. Depois passa uma amiga de carro: “cara, tá muito cheio! Onde eu vou parar?”. Fiquei na minha tomando uma cerveja enquanto minha amiga estacionava. De repente vejo uma turma de desconhecidos gritando meu nome e acenando do outro lado da rua. Como assim? Já estou famosa? Eram os amigos da minha outra amiga que eu estava tentando encontrar.
O show estava muito cheio. Muuuito. Mas conseguimos ficar num lugar tranqüilo, sem as pessoas nos esmagando – na verdade vendo o Alceu do tamanho de uma formiga, mas tudo bem.
Ele fez um longo show, bem legal, tocando várias músicas que nem eram dele – enquanto eu bradava: eu falei que ele cantava essa música! E as pessoas diziam: não, Carrie! Essa é do Fulano! Além disso a abertura foi do Casuarina – que nós perdemos – e o encerramento seria do Raiz de Sana, grupo de forró. Eu não sou muito chegada a ritmos étnicos em geral, mas tudo bem. O problema é que o show começou e de repente parou. Um refletor tava ameaçando cair na galera e eles resolveram transferir o show por palco principal, onde havia sido o show do Alceu.
Dona Henriquetta já começava a dar os primeiros sinais de dores nas juntas e achei melhor evadir-me do recinto. Já eram quatro horas da madrugada. Meus amigos ainda ficariam um pouco mais. Saí pensando em pegar um táxi, mas a rua estava tão cheia, tão cheia que parecia nove da noite. Resolvi andar um pouco mais pra pegar um táxi na Riachuelo e de repente passa um simpático 572 (ônibus), com ar condicionado e vazio. Demorô. Entrei. O ônibus foi enchendo, enchendo...e engarrafando. Quatro da manhã e você engarrafada num ônibus lotado. Ainda bem que tinha ar condicionado e eu tava sentada. E em ônibus lotado não tem assalto, porque a pessoa não tem nem como sacar a arma.
Cheguei no recanto de meu lar e dormi. Dormi ontem o dia todo. E depois de meia noite às onze de hoje. Terceira idade é assim: quando sai, precisa de um dia pra se recuperar. E olha que nem bebi muito.
2 comentários:
menina, quase fui nesse show! :-)
uma amiga me chamou mas como eu trabalho no sábado, acabou não rolando...
hehe, se bem q do jeito q vc falou q tava cheio, provavelmente eu não ia te achar.
qdo vai rolar um bolinho na casa da Cris pra eu pegar um autógrafo seu?? hehe.
bjks
Sim! Vamos marcar! Estou às segundas em Nikiti!
bjs
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