domingo, fevereiro 04, 2007

Dicas para fãs de Rubem Fonseca (ou o dia que me emputeci com Santo Antônio)

Ótima dica para fãs do escritor Rubem Fonseca – bom, mas se você é um fã de fato já deve conhecer. O site Portal Literal, que abriga sites do Veríssimo, Zuenir Ventura e Lygia Fagundes Telles. O site é do Terra, mas é feito pela Conspiração – produtora de filmes, que tem entre os seus sócios o José Henrique Fonseca, filho do Rubão, casado do Claúdia Abreu – e tem a curadoria da Heloísa Buarque de Holanda.
O mais bacana do site é que tem artigos inéditos dele, além de tudo que já saiu na imprensa sobre ele. Uma verdadeira mão na roda pra quem pesquisa a vida do cara. Tem, inclusive, uma mini autobiografia do cara. Além de artigos maravilhosos sobre os temas mais diversos – cinema, futebol e, claro, literatura.
Destaco o finalzinho de um artigo que ele escreveu sobre Jack, o estripador:
“Os modernos estudos sobre o perfil dos "serial killers" indicam que eles, em sua maioria, são homens brancos, com Q.I. acima da média, desajustados no trabalho e na escola, de famílias instáveis, mães dominadoras, que odiavam os pais, sofreram abusos – psicológicos, físicos e/ou sexuais – quando crianças, com tendências ao voyeurismo, fetichismo e piromania, propensões suicidas, interessados em pornografia sadomasoquista, padeceram de enurese (urinavam na cama, quando crianças) e começaram suas carreiras torturando animais. Todos nós conhecemos pessoas que se enquadram nesse perfil. Não?”
É exatamente isso que eu penso. Por isso não consigo entender porque as pessoas dizem que Nelson Rodrigues e Rubão são loucos – e não por acaso temas dos meus mestrado e doutorado, respectivamente. Acho que eles provam a velha máxima: de perto ninguém – ninguém mesmo – é normal. Se você acha que é, preocupe-se. Tipo Policarpo Quaresma, saca? Uma tênue, muito tênue fronteira nos separa de gente que rasga dinheiro e come cocô. Ninguém tem controle de nada. A qualquer momento cada um de nós pode atravessar a linha. Passar pro outro lado.
Quando perguntado sobre o porquê dele não escrever sobre pessoas normais Nelson um dia respondeu: “mas eu só escrevo sobre pessoas normais”.
Eu convivo com dúzias e dúzias de personagens fonsequianos e rodriguianos à minha volta, na minha família...
Então é isso Toninho: se não der pra ser o Santoro eu quero o Rubem. Se o Niemeyer se casou aos 99, por que eu não posso me casar com um cara de 80 anos? Viagra tá pra isso mesmo. É Santoro ou Rubão ou nada feito.
E tu tá ligado que a tua batata tá assando comigo né, meu camarada? Desde Pádua que a gente já bateu aquele particular ao pé do teu túmulo e tu tá um tremendo vacilão. Com todo o respeito, mas paciência tem limite. Todo ano vou no teu convento dia 13 de junho, faço mó listinha, agradeço as paradas...tu até andou me dando alguns que valeram a pena durante algum tempo, mas...só propaganda enganosa. Caralho, Toninho! (desculpe a expressão, Santidade, mas o senhor me conhece, eu falo pavrão mesmo). O que é isso, companheiro?! Cada tranqueira que tu tá me arrumando que eu tô quase consderando o lesbianismo como uma opção viável (se não fosse o fato de faltar...digamos... alguma coisa, né?). Ou me dedicar a causas humanitárias e esquecer de homem. Congelar meus óvulos pra ter um filho aos sessenta. Mais um pouco e eu te deixo de cabeça pra baixo. Vou te trair com São Judas Tadeu, que afinal é o Santo das Causas Impossíveis – arrumar homem que preste é tarefa pra santo milagreiro dos fortes.
Como diz uma amiga minha - aquela dos conhecimentos equinos - santo bom pra arrumar casamento é São José. Santo Antônio só arruma porcaria (olha só, Toninho! O que andam dizendo de você! Você sabe que eu te defendo, mas se continuar desse jeito, só me dando bagação, eu vou ser obrigada a corroborar com a tese. Te cuida, Toninho. Te cuida, rapá!).

2 comentários:

Anônimo disse...

ah o show dos mutantes!
foi mágico, sabe?
é o sonho de todo o fã de banda extinta: que a sua banda volte a tocar.
mesmo todo mundo dizendo que eles estão velhinhos. mesmo todo mundo dizendo que eles só vão cantar as velhas músicas, que eles só querem mesmo ganhar dinheiro.
eles tocaram todas as minhas músicas favoritas (menos "não vá se perder por aí") e foi o primeiro show que eu fui que toda a platéia sabia cantar todas as músicas de cor.
e, mesmo 30 anos depois, eles ainda são tão inovadores e anárquicos... ou será que nós é que paramos no tempo?

agora só falta o pink floyd voltar a tocar junto =P

beijão querida!

Anônimo disse...

tá afiada em amiga....rsrsrsrs.