sexta-feira, novembro 10, 2006

Sobre a dor - número 1

(PS: O mais bizarro é a pessoa acordar com esse post pronto, na cabeça, quase por milagre. Mais bizarro ainda é acordar com a dor, antes mesmo de ter qualquer tipo de outro pensamento. Como se a dor viesse antes de qualquer outro sentimento)


Então funciona mais ou menos assim: você foi ferido e para conter a hemorragia faz um torniquete. O problema é que a hemorragia vai aumentando e o socorro não chega nunca. Cada vez você precisa aumentar a pressão do torniquete, amarrando-o mais e mais forte. Dentro de algum tempo, você se vê diante do seguinte dilema: deixar sangrar até a morte ou estancar a hemorragia e perder o membro por gangrena. Das duas formas você estará fadado a vivenciar uma dor mais absurda e lancinante do que já havia experimentado.

2 comentários:

VanOr disse...

Caraca, minduim. Mesmo sabendo que sua heroína tá passando por um infernão astral sem precedentes históricos, meu conselho é: procure uma segunda opinião. Não é possível que só reste a ela choque hipovolêmico ou a gangrena afetiva. Vai ver que essa artéria arrebentada nem é tão importante assim. Tudo é uma questão de perspectiva. bjs, Van

Anônimo disse...

Acho que isto é um mal que assola todos (ou melhor seria: todas) já que parece que os homens não estão nem aí com a pipoca.

Todas vivem no dilema: quem não tem um quer um, quem tem um quer outro, quem tem vários quer ficar sozinho.

Vai entender...