Jô tá entrevistando Diogo Vilela. Ele tá interpretando Cauby Peixoto no teatro. Diogo deve ter se encontrado a-nível-de-ator-enquanto-artista-pessoa-viado-gente nesse papel. Uma das coisas mais deprimentes que eu já vi em termos de teatro – e acreditem, eu vi muuuuitas coisas deprimentes – foi Diogo Vilela interpretando Hamlet. De cabelo descolorido. Tá boa, santa? Não é questão de preconceito, mas Hamlet não é um personagem homossexual. Então, fazer Hamlet viadão é deturpar o personagem – a não ser que seja uma peça de Gerald Thomas e tenha todo um contexto forte por trás (com duplo sentido) justificando o fato de Hamlet ser gay. Mas até que nada seja esclarecido a esse respeito, Hamlet é espada. Maluquinho, mas espada.
E o melhor era o fantasma do pai do Hamlet. Se lembram dos fantasmas do Scooby Doo? Mais ou menos por aí. Ah não! Mas o melhor meesmo era a mãe do Hamlet, que era feita pela Camila Amado, tida como uma graaande artista, uma “looouca”, “outsider” e outras bobagens do lugar comum sobre o teatro. No dia que eu vi ela tava tão bêbada que morreu (pois ela morre na peça) no lugar errado do palco. Aí a cortina fechou e ela ficou do lado de fora!! E ela gritando “Hamleeeeet!! Hamleeet!!”??!! Bêbada igual a um gambá! E viva o teatro brasileiro.
Agora tão mostrando ele vocalizando – exerciciozinho básico de voz – como se fosse a coisa mais incrível do mundo. E o pior é que é, né? Num país como o nosso onde ator acha que preparação pra personagem é malhar três horas por dia...
Mas que ele tá idêntico ao Cauby – inclusive na voz – isso tá.
.
5 comentários:
também vi a entrevista. não fazia idéia que ele era um sujeito tão aborrecido e metido.
Ela morre do lado de fora??? Hilário!!!!
Acho que ele estava de mau humor. Pirou com o lance do cigarro. Me deixem fumar, não aguento ser discriminada pela minha escolha!!!!! Não sou incoveniente e respeito os locais para não-fumantes. Esses ex-fumantes... Como diz o Big, na margem do rio Piedra sentei, não li e não gostei. Nesse caso não vi e não gostei. rs
Pois o Hamlet do Diogo (que tinha um amigo meu fazendo tb) foi a última peça de Shakespeare que assisti. Tomei trauma. Passei aquelas intermináveis horas tentando me concentrar no repertório gestual dos atores, no figurino e outros detalhes que eu nunca valorizo mais que o enredo, mas confesso que nada me livrou de cochilar umas vinte vezes. E passar a ter medo do Billy.
Hoje em dia, não quero ver nem sátira, nem peça com título alusivo a qualquer coisa relacionada a Shakespeare. Ponha isso na conta do Diogo Vilela.
Tb tinham amigos meus fazendo! Eles eram, aliás, a melhor parte da peça. Eram a trupe de atores q entrava.
Postar um comentário