sábado, setembro 16, 2006

Eu tenho medo da Regina Duarte!!


Falar mal da Regina Duarte é igual falar mal dos homens ou dos políticos. É o que Nelson Rodrigues chamava de óbvio ululante. Só que, talvez, justamente por ser tão óbvio, fica gritando na nossa cara. Impossível não retornar a estes temas.

Quem viu o capítulo de ontem sabe o que eu estou dizendo. O que foi o encontro dela com o Diogo? Aliás, se lembram de uma novela em que a Betty Faria fazia par com o Tarcísio Meira e ele chamava Diogo e ela ficava dizendo: “Tioco, Tioco...”? Acho que o fenômeno Tioco se repetirá nessa novela.

Que novela é forçado a gente sabe. Que a arte tem que exagerar um pouco também. Mas Regina Duarte é algo além da imaginação. Ela fala sozinha e faz caras sozinha. Ela olha pra 346 lugares diferentes entre uma frase e outra. Não vou nem falar do lado politicamente correto e mala do personagem, que nunca tem nenhum tipo de fraqueza moral nem nada disso.

Daí fiquei pensando: talvez Regina Duarte seja simplesmente maluca. É a única explicação. Talvez ela sofra de Síndrome de Tourette e precise dizer coisas involuntárias, acompanhadas de espasmos.

Aí veio Renata Sorrah, que também não fica muito atrás no quesito canastra. Não é uma canastra real como a Regina Duarte ou uma Betty Faria, mas é uma canastra limpa, daquelas que valem 200 pontos. Será que as duas vão ficar amigas? Aí fiquei imaginando uma novela com Regina Duarte, Renata Sorrah, Betty Faria e Marília Pêra! Elas podiam ser irmãs e a Claudia Raia (eu sei que a idade não dá, mas...é novela!), a Débora Secco e a Daniele Winitts seriam as filhas.

Mas dentre estas a Regina Duarte tem uma qualidade que nenhuma delas sabe o que é: carisma. A câmera gosta da mulher, mesmo ela se contorcendo e revirando os olhos e dizendo frases impossíveis – e que são delas, pois ninguém vai me convencer que o Manoel Carlos escreva as coisas que ela diz. Não que o texto dele seja um primor de dramaturgia. Mas simplesmente ninguém no mundo, além de Regina Duarte conseguiria dizer os textos do jeito que ela diz. Ela improvisa. To vendo a hora em que Clara vai se virar pra ela e dizer: “mamãe, menos!”.

Ou talvez ela apenas sofra do fenômeno “é tão ruim que fica bom”. Igual Chavez, Chapollin Colorado e Fogueira Santa do Monte Sinai.

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