segunda-feira, julho 17, 2006

Será o Chile?




Será o Canadá?




Não. É apenas...


Bom, vocês podem não acreditar, mas este era o céu hoje de manhã no lugar onde eu estava. E toda vez que volto de lá volto com a sensação de que tudo mais é falso, mesmo sabendo às vezes que o verdadeiro pode ser tão irreal que soa falso - como este céu azul que mais parece uma tela do Malevitch ou do Mondrian.

Fui ao batizado de João Fanquico, filho do meu primo J.C. com q a querida M.Z. Na verdade eu ainda tinha esperanças de que a madrinha quebrasse a perna no meio do caminho e eu pudesse substitui-la, mas infelizmente não teve jeito, ela conseguiu chegar - é verdade que quase perdeu o ônibus.

As festividades estenderam-se tarde de sábado à fora. Os cariocas, paulistas e baianos que me perdoem. Mas hospitalidade igual a do mineiro não existe. E acho que a gente assume a naturalidade que quer ao longo da vida. Acho que nunca serei carioca. Paulista...quem sabe. Baiana nem pensar! Outras regiões...não conheço tanto assim o Brasil, infelizmente. Mineira? Sem dúvida. Sempre volto de Minas me sentindo dentro de uma música do Beto Guedes e Lô Borges - e olha que eu nem gosto tanto deles assim...

E ultimamente, mais do que nunca, tenho pensado em filhos, família, essas coisas. E no tempo que eu passo sozinha aqui no Rio. Mas também penso no monte de coisas que eu queria fazer antes disso tudo...e penso que realmente certas coisas simplesmente fogem ao nosso controle, fazer o quê? Pouquíssimas pessoas que eu conheço planejaram seus filhos e as pessoas com quem os teriam. E nem por isso foram menos felizes. Vamu combiná que ter filhos, no mundo de hoje, não é exatamente a solução mais sensata, né? Mas quase nunca ser sensato é ser feliz.

Só sei que é foda. Escolhas. Escolher é muito complicado. Porque implica sempre em deixar outras coisas de lado. Coisas que talvez nunca voltarão.

5 comentários:

VanOr disse...

Ei, Carrie, que legal que você estava perto. As fotos estão lindas e o pé do bebê (imagina se eu ia reparar nas flores!) dá margem pra sonhos. Você se acha estranha; de minha parte, eu sei que sou um tipo raro de gente doida. Grosso modo, nosso desejo de ser mãe apenas prova que, de perto, todo mundo é normal. Vive la similitude!

Anônimo disse...

Ô carrie, larga de ser amarrada e diz logo onde você estava. Lagoa a 2 horas de Tiradentes... rezende costa? lagoa dos ingleses? itabirito?

tá vendo, vanzinha, como estou precisado de um neném. tô tão destreinado que achei que era um pé com chuteira.

Carrie, a Estranha disse...

Humm...nem conheço esses lugares...estava pra outros lados...rsrsrs...não digo, não. É o meu jardim secreto e se eu disser deixa de ser secreto.
Isso não é uma lagoa. É uma represa.

Carrie, a Estranha disse...

VanOr,

Sei não. Não abro mão da minha estranheza assim tão fácil!
bjs

VanOr disse...

Não precisa abrir mão. Basta ser uma mãe... estranha. Como a minha. Aliás, como a maioria que eu conheço bem.