Às vezes eu me pego pensando: preciso contar isso no blog. Mas aí eu lembro: não. Não preciso, não.
Né?
Afinal, vocês são todos lindinhos, mas os trolls, os Giuseppe de Franco da vida, o povo sem loção que me ofende no Formspring, estes tão sempre por aí.
Aliás, obrigada pelos e-mails e comentários e novos seguidores.
Pro moço que falou da Cientologia: é claaaaaro que eu conheço! É a religião do Tom Cruise, do John Travolta! Dizem que Tom comeu a placenta da Suri por recomendação da seita e que o nascimento teria sido rigorosamente planejado segundo preceitos da cientologia. Como não amar?
Mas me conta aí: como é esse lance de - como é mesmo? - "teólogo agnóstico". Isso não seria um...filósofo? Ou um historiador das religiões?
Pra moça que falou que tem TDAH: pelo menos você diz pros seus professores diminuirem seu conceito se não estiverem satisfeitas com o desempenho. Meus alunos fazem o oposto. Querem que eu suavize o julgamento por causa da "doença".
Também não entendo o preconceito contra a pobre da Ritalina. É uma mudança na qualidade de vida tão grande, pra um efeito colateral tão pequeno que. Sinceramente. Mas as pessoas acham que vão ficar "drogadas" e virar "zumbis" e "não ser mais elas mesmas".
Bom, realmente eu tenho muitos problemas, mas este eu não tenho e não sei como é e é sempre bom ouvir o outro lado. Mas acho que, infelizmente, o diagnóstico banalizou. Que nem bipolaridade. Não é qualquer um que tem alteração brusca de humor que é bipolar.
É isso.Acho que respondi a todos os e-mails que chegaram, respondi comentários, acho que tá tudo em dia.
Desculpem o sumiço, mas é provável que dê uma piorada. Consumam os posts com moderação. Poupem.
Ou não.
7 comentários:
Oi Carrie. Eu tinha ficado preocupada de vc achar que fiquei zangada ou coisa do tipo. Mas é que eu já passei por constrangimentos como ser acusada de roubo com o simples fundamento de que eu era a única no meio que tinha "problemas". Entende?
Não sei se existe banalização. Pelo menos em relação ao TDA. Acredito que em cada turma de 50 alunos, pelo menos 2 devem ser. Eu andei frequentando umas palestras a respeito...
No mais, foi péssima a idéia de mandar diminuir meu conceito. Até meu orientador fez isso. =) Bancar a vítima das circunstâncias tem lá suas compensações...
Beijos
Oi Olívia!
De jeito nenhum fiquei chateada. Falava de um povo q eu acho q nem tem e fica "tirando onda" e querendo q tudo se justifique pela doença. Não me pareceu o seu caso.
Um beijinho
"Teólogo agnóstico" é frescura do Carahyba. A formação dele é de teólogo batista, mas hoje ele estuda a história das religiões, suas mitologias, a psicologia e o fenômeno social da religião.
Quanto à ritalina, digo que não conheço mas que, se ajuda alguém, é nota 10. O rivotril é meu amigo, e já salvou meu casamento uma ou duas vezes, rs.
abraços!
Atualizando, já passou a moda de Bipolar, agora nêgo sofre bullying....kkkk, galera banaliza um assunto sério, é "froid".
Realmente, doença e "defesa dos direitos" são mega-banalizados! Aí chega neguim no consultório médico e no escritório do advogado e fala "ah, doutor, mas eu vi no Fantástico/Jornal Hoje/Jornal do SBT/Jornal da Vila" que se eu tomar o remédio tal/entrar na justiça isso se resolve...
Às vezes, eu odeio essas notícias de telejornal, que fazem leituras superficiais dos fatos médicos/psicológicos/jurídicos e passam como verdades absolutas!
As pessoas tem muito preconceito contra remédios, especialmente os de tarja preta. Engraçado como muitas, ao invés de usar um tratamento sério, preferem usar soluções paliativas e desculpinhas esfarradas. :-/
Nossa! Só hj vi esse post! kkk
Luiz, vai te catar, ninguém te perguntou nada, seu intrometido. :P A propósito, meu diploma diz: "Bacharel em Teologia", não tem nada de batista nele. kkkk
Carrie, o Luiz em parte tem razão. Minha graduação foi numa instituição batista e atualmente faço uma convalidação numa instituição luterana para que o diploma fique ok perante o MEC.
Muito resumidamente o que aconteceu foi que nessa graduação encontrei algo que jamais poderia imaginar: uma carga horária pesadíssima em ciências humanas e sociais. Eu, que tinha formação em exatas, me redescobri lá dentro e hoje vivo mergulhado nesse novo mundo. Me identifico principalmente com história, psicologia, parapsicologia, mitologia e fenomenologia da religião. Abandonei qualquer forma de dogmatismo e pretenções metafísicas da realidade para colocar o ser humano em primeiro lugar. Pra mim a existência é um mistério, o universo é um mistério, e pode ser que haja algo por trás disso tudo (ou nisso tudo), mas não tenho pretenções de nomeá-lo ou descrevê-lo. E se tenho algumas crenças pessoais, elas estão escritas a lápis num caderno velho, rabiscado, reescrito e apagado quase que diariamente. E se tenho algum dogma, são a ética e a compaixão. Saí de lá com a mente bastante aberta mas igualmente criteriosa. Por isso, teólogo e, também, agnóstico.
Um abraço!
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