segunda-feira, janeiro 10, 2011

Quando eu era criança/adolescente, eu sempre tinha uma sensação de que todo mundo tinha uma turma, menos eu. Na infância era ainda pior, além de mais verdadeiro. Mas mesmo na adolescência, em momentos que eu tenha tido o que se pode chamar de turma - aliás, várias - essa sensação permanecia em mim ou dava as caras de vez em quando. Ou de que mesmo dentro da minha própria turma, as pessoas eram mais amigas umas das outras do que de mim mesma. 

Aí eu cresci e vi que é tudo ilusão.

Aí veio a internet. E a internet me deu, de novo, essa sensação. Seja pelos blogs que eu visito, pelas redes sociais, pelas redes de relacionamento. Parece que todo mundo é amigo de todo mundo. E de repente você vê pessoas tão legais amigas de pessoas nem um pouco legais. E parece que todos estão se divertindo horrores. Menos você.

Pode ser tudo ilusão.

Ou não.

Vai ver que estão todos se divertindo mesmo, menos você. E ainda por cima rindo da sua cara nesse exato momento.

8 comentários:

Ila Fox disse...

Eu tive amigo imaginário quando tinha 15 anos. Acho que isso explica muito sobre minha adolescência. :(

Carrie, a Estranha disse...

Ila,

Hahahahahaha...

Lília disse...

às vezes eu acho que eu sou a única que fica deslocada e achando essa felicidade de orkut e face meio fake, mas lendo vc vejo que não tô sozinha. Olho as fotos e fico pensando " meu Deus, quanta alegria, quanta gente bonita. Por que eu não me pareço com eles? Por que eu não consigo registrar a minha felicidade assim?". Sei lá. Acho que até consigo, mas morro de vergonha de me expor tanto. Fico até com inveja de tanta coragem.

Alê disse...

Olá

Ah, quando eu era criança, realmente era o poltergeist da turma.

Fora que que no amigo secreto da terceira série, eu ganhei velas.

O horror.

:(

Na adolescência, éramos um quarteto, mas o incrível nisso tudo, é que uma é testemunha de jeová, uma budista, uma sem religião e eu espírita.

Cada uma sabe da sua religião, mas ninguém interfere em nada.

As pessoas acham estranho e ao mesmo tempo engraçado, mas enfim, é o amor fraternal que nos une.

Somos unidas até hoje.

:D

Beijos

Alê

Patricia Fernando disse...

Antes de mais nada deixa eu comentar rapidinho que faz séculos que não vinha direto no site (tudo vai via google reader) e que adorei o novo (ou velho?) layout. E a frase tbm.

Profundo esse post. Acho que no fundo, todos temos essas questões de se achar menos do que os outros. Eu tbm me sinto assim, sei lá, mas vai ver é eu que tenho mania de perseguição. ;-)

Carrie, a Estranha disse...

Oi Pil,

O Layout é novo, sim. Obrigada. Que bom q gostou. É desses padrão do blogger, pq minha habilidade com html é zero.

Eu tenho um pouco mania de perseguição. Tento me controlar, mas às vezes é difícil.

Alê,

É, eu posso imaginar o q vc sofreu.
Q bom q depois vc teve amigas.

Agora...vela é sacanagem, viu?

Aliás, vou aproveitar pra responder aqui o lindo comentário q vc colocou no post de fim de ano, pois não sei se vc vai voltar lá. Obrigada pelas lindas palavras. Elas não são completamente verdadeiras e sem dúvida eu não as mereço, mas mesmo assim obrigada!

Lila,

O mundo é estranho não é mesmo?

Bjs

Nayara disse...

Bem vinda ao clube....eu tenho desde sempre a impressão de que todo mundo recebeu convites pra festa...menos eu.

Outra dia vi uma citação do personagem Dexter e achei perfeita: "They make it look so easy, connecting with another human being.It’s like no one told them it’s the hardest thing in the world".

Bj, saudades de tu, tatu!
* Vc viu a Paola Bracho nos TT's?! Não era eu....rs.

Nayana. disse...

Talvez eu tenha até hoje, aos 22, alguns amigos imaginários - imaginários meeesmo ou alguns que eram reais mas de tanta distância hoje parecem que nem existiram mesmo e foram só... imaginação.


Odeio admitir em voz alta, mas a sensação é exatamente essa: tá todo mundo se divertindo, menos eu.

Você [e a Vani] me compreendem...

Beijo!