Estive na Capital por estes dias - daí o relativo sumiço - adquirindo um pouco de cultura e cosmopolitismo, já que agora moro numa Província do Interior. Quarta feira saí com minha amiga Roberta, a Carvalho. Inicialmente marcamos em um aprazível logradouro inaugurado há pouco tempo. Trata-se de estabelecimento de cunho etílico-cultural, como vocês podem conferir clicando no link anterior, mui simpático, cuja maior atração é ter 170 tipos de cerveja do mundo todo - mas não tem Skol, nem Bohemia, nem Antartica Original, o que enfraquece a amizade um pouco. Mas tem o Mistura Clássica, chopp de Gotham, olha que coisa chique. Tomamos duas cervejas Devassas louras, comemos um mix de salsichas - agora me lembro que não veio o espeto de queijo - e fomos expulsas às 22:30 antes que o garçom cuspisse na nossa cerveja. Convenhamos, um bar na Lapa que expulsa os clientes às 22:30, ainda que numa quarta feira, não merece sobreviver.
Fomos andando rumo à Mem de Sá e Roberta, sempre muito gentil a nível de cicerone, insistia que eu agora era visita e podia escolher o local. Paramos no Antonio's que estava medianamente cheio - ou medianamente vazio. Aliás, a Lapa não estava em um dia muito cheio, talvez em decorrência do "inverno" carioca (mesmo que esse inverno seja de 30 graus durante o dia). Tomamos mais alguns chopps, fui obrigada a degustar uma empada aberta de camarão com catupiry e fizemos amizade com o garçom. Quer dizer, fizemos não. Ele insistia em interagir de 5 em 5 minutos, nos dando relatos das redoendezas, como uma espécie de arauto ou bobo da corte.
Roberta, ao ver minha empada, ficou com vontade e pediu uma pra ela. Daí o garçom veio e ela disse que tinha ficado com inveja e queria uma empada igual.
Garçom: Inveja?! Inveja é feio, moça! Pode ter inveja, não! Ih, alá! Ficou vermelha! Hahahaha...
Oi?
Continuamos a conversa e daqui a pouco vem ele comentar sobre o técnico da Alemanha que come meleca. Aham, Cláudia. Senta lá.
Daqui a pouco notei um ligeiro tumuldo, as pessoas olhando pra fora. Claro que nosso bom arauto veio nos dizer que o Ronaldinho Gaúcho acabara de chegar no Carioca da Gema, cercado de louras, morenas e ruivas. A monga aqui, sempre que escuta Ronaldinho Gaúcho só consegue pensar no Fênomeno, porque eu sou do tempo que o Ronaldo era Ronaldinho e quando escuto Ronaldinho deleto o resto da frase. Comecei a fazer piadas sobre travestis com o garçom, mas não foi de todo um furo completo já que ele começou a contar da fama de veado do Gaúcho e quando ele namorou a filha do técnico não sei da onde...blablabla...
Enfim. Continuamos ali e notei que certo rapaz olhava insistentemente para nossa mesa. Roberta, ou é fã te reconhecendo ou tá dando mole. O bruto, para usar linguajar da dona do circo que me acompanhava, não era feio nem bonito. Era um 6,5. Ou um 3:30 da madrugada - aquele que você pega porque já não há mais perspectiva de coisa melhor ou o nível alcóolico derrubou escrúpulos. Mas continuamos animadamente o nosso papo. Conversa vai, conversa vem...
Eu: Roberta! Descobri porque ele não para de olhar pra cá! Tem uma TV de plasma em cima da gente reprisando o jogo da Alemanha.
Fim do mistério.
Nisso, o Carioca da Gema parecia ainda cheio e animado.
Roberta: Carrie, você que é mais saidinha, pergunta ao garçom como está o Ronaldinho Gaúcho.
Quando Roberta Carvalho diz que você é mais saidinha está na hora de você rever seus conceitos.
Mas não perguntei. Fomos embora meia noite e pouca, já que Roberta trabalhava cedo no dia seguinte e ainda tinha que separar as roupas pra Dona Betânia passar. Despedimo-nos na Mem de Sá e eu peguei um táxi. Como motoristas de táxi são sempre mais informados que todos, perguntei se era verdade que o Ronaldinho Gaúcho estava ali no Carioca.
Motorista: tava, não. Ainda tá. Ele patrocina o grupo de pagode que veio tocar. Ele chegou nessa van preta que tá parada em frente, com o grupo de pagode e cheio de mulher.
Nada bobo. Ao invés de estar aí deprimido e voltando de uma Copa totalmente furada tá indo pra Lapa. Ainda por cima leva sua própria comida e música.
Mas foi ótimo o encontro com Roberta. Consegui uma companheira pra ir comigo ao Spa Gamela. Aliás, Roberta estava mui elegante, alguns quilos a menos, resultado dos esforços na ACM (Uai-em-ci-ai!!!) e da volta ao VP.
Roberta é sempre um docinho de côco.
8 comentários:
Eu sou um docinho de côco!
Que delícia de passeio, heim?
Lendo aqui o seu relato me deu uma vontade de viajar e rever amigas mais distantes... saudade que dói no peito! ;)
Como diz minha sobrinha: é shiiiim!!!! Rsrsrs...
Bjs
Grazi,
É, foi bão.
Gaúcho, voltando da copa???
Trinity,
Sim, ele poderia estar voltando se tivesse sido convocado, sacou?
até que enfim encontro alguém que também acha que ronaldinho é o outro.
Raq,
Toca aqui irmã!
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