segunda-feira, maio 03, 2010

Achei o twitter da Elenita e o blog. Lendo algumas coisas, me deparei com este texto aqui, que fala sobre a patrulha ideológica que ela sofreu por ser Doutora e ter resolvido participar de um programa como o BBB.

Me identifique muito-a-nível-de-selumano-enquanto-pessoa-gente-dotolatambém.

O que me fez pensar em outras coisas...Quando é que as pessoas vão aprender que vícios e virtudes independem de classe social, credo religioso ou político, preferência sexual ou profissão? Que o cara de esquerda pode perfeitamente ser o primeiro a te passar a perna - porque posição política não confere caráter instantaneamente -; que o gay pode ser o mais conservador; que muitos ateus estão mais próximos de Deus do que a mais ferrenha beata; que grande parte das pessoas religiosas são filhas da puta da pior qualidade; que vaidade invade todos os níveis da experiência humana e assim por diante? De onde as pessoas tiram pré-julgamentos do tipo: "ah, mas uma pessoa assim não pode se comportar assado"!

Mas que eu acho que, infelizmente, ela fudeu a carreira acadêmica dela, isso eu acho - e ela tá se dando conta também. Que banca que vai aprová-la? Ainda mais na área de linguística! Imagina essa mulher tentando vaga pra USP, pra Unicamp! Ela tem uma chance: fazer Doutorado em Comunicação e tentar entrar pra essa área, que é a única mais aberta. Ou fazer que nem o Jean Wyllis e dar aulas na ESPM.

O blog dela até que é bonitinho. Quer dizer, seria ótimo que a gente não ficasse com a ideia de que ela é "a Elenita do BBB". Não adianta. Somos marcados por nossas escolhas.

Um comentário:

Alê disse...

Pois é Carrie: essa semana estava conversando com meu amigo ateu em uma livraria e do nada um senhor veio e nos deu um folheto de igreja e disse para procurarmos Deus.

Nós nos entreolhamos sem nada entender.

A parte da beata e do ateu no seu post foi fantástica.

Também concordo que somos marcados por nossas escolhas e quantas vezes não sofremos "generalização".

Acho que é o preço que se paga por nossas escolhas, porém, o que as pessoas não entendem é que não são escolhas e não há preço a pagar, apenas é a verdade que vivemos.

Beijos

Alê