Consegui ter um projeto de iniciação científica aprovado em uma das faculdades onde eu dou aulas. Agora eu vou ter uma bolsistinha - é que ela é muito pequenininha.

Tava há um tempão tentando lembrar com quem ela se parece, mas finalmente descobri. Parece a Carol, minha amiga de adolescência, de Andrel.

Ainda bem que é só no físico, porque essa minha amiga é completamente biruta. Minha bolsistinha faz duas faculdades - uma pública, outra particular - inglês, francês e é mega empolgada. Fica atrás de mim perguntando: "o que eu faço agora? Tenho que ler coisas!".

Enfim, fiquei feliz porque vou fazer uma coisa que eu gosto - pesquisa - ganhar pra isso e ainda por cima tenho um álibi para não pegar muitas aulas. Sem contar pontos no meu lattes.Sem contar a moral com a coordenação. É rapá. Sou pouca merda, não.

O projeto ficou bem legal. A ideia original foi dela (da aluna), eu só dei uma mudada. É um tema sobre estratégias de marketing de grandes empresas em contextos locais ao redor do mundo. Meio esse debate sobre glocalização x globalização que já é conhecido, abordando marketing, cultura, antropologia...até aí, nada de muito original. Mas aí eu resolvi fazer mais uma parada aí, que eu não vou contar pois o mundo é cheio de espertinhos roubadores de ideias. Acho que ficou bem legalzinho.

Modéstia à parte, eu acho que eu tenho talento para enxergar objetos de estudo nas coisas. Adoro orientar alunos, transformar o que era apenas um tema sem graça em um objeto de estudo interessante.

E as pessoas - alunos de graduação, na maioria - acham que temas bons são temas abrangentes. Nãããão. Quanto mais específico, melhor. Em qualquer área. E eu tenho facilidade de recortar, recortar, até virar um minúsculo fragmento de realidade. Acho que é por causa da minha mentalidade obsessiva-compulsiva.