domingo, dezembro 20, 2009

Acabei de ler a saga Crepúsculo. Amei, amei!!!! É excessivamente romântico, não é nem de longe a melhor história de vampiro que eu já li, é puritano e moralista até o úlitmo fio de cabelo, nem é grande literatura, mas eu amei, fazer o quê?. Sou fascinada por esses produtos da indústria cultural. Por que alguns colam e outros não? Se fosse tudo uma excelente jogada de marketing, a fórmula do sucesso tava pronta.

E no final, quem diria, as respostas vieram todas do Brasil! Engraçado é a forma como eles se referem, né? "Vou ao Rio, falar com os índios ticunas, e se eles não souberem nada vou a Amazônia". Tipo...é logo ali, coladinho no Rio, né? O Rio já tinha tido duas participações na saga: é o local pra onde o Edward foge da Bella (suuuper recomeeeeiiiindo para um vampiro fugir pro Rio! Quase não tem sol, neam?) e depois eles passam a lua de mel numa ilha a quatro horas do Rio, que tem papagaios e botos.

Oi? Papagaio e boto? A quatro horas do Rio de barco?

E o Rio de Janeiro continua sendo...o local para os quais os bandidos fogem e existem aborígenes com culturas milenares sobre mitos que não existem - como lobisomens e vampiros. Chegando ao Rio, ela descreve a cidade com "ruas escuras e apinhadas de gente".

E por fala em olhares estrangeiros na literatura, no livro Partículas Elementares, de Michel Houellebeq, que eu ganhei de Rimão do Meio, lá pelas tantas o personagem principal manda:

"Começava a encher o saco dessa estúpida mania pró-Brasil. Por que o Brasil? Conforme tudo o que sabia, o Brasil era um país de merda, povoado de brutos fanáticos por futebol e corridas de automóvel. A violência, a corrupção e a miséria estavam no apogeu. Se havia um país detestável, era justamente, especificamente, o Brasil.

Sophie, exclamou Bruno com força. Eu poderia ir ao Brasil, em férias. Passearia das favelas, num microônibus blindado; observaria os pequenos assassinos de oito anos; não sentiria medo, protegido pela blindagem; à tarde, iria à praia, entre riquíssimos traficantes de drogas e de proxenetas; no meio dessa vida desenfreada, dessa urgência, esqueceria a melancolia do homem ocidental; tens razão, Sophie: ao voltar, pegarei informações numa agência Nouvelles Frontières".

Então ficamos [ainda] assim. Entre um lugar selvagem e mítico ou enredo de Cidade de Deus.

Um comentário:

Ila Fox disse...

Mim Ila morar no alto das montanhas das Minas Gerais. Uga Buga.