segunda-feira, maio 21, 2007

Acordei na contramão


Tô andando pelo lado esquerdo da rua. Tá tudo estranho. Tem um sol bizarro lá fora. Tá tudo errado. Eu tô errada. As respostas não chegam. As pessoas entendem errado. E enquanto eu escrevia esse texto o computador travou.

E eu tô cansada. Muito cansada. De esperar. De ouvir sempre as mesmas coisas. De ter paciência. De ver pessoas que não merecem serem reconhecidas serem reconhecidas. De não ter reconhecimento. De reclamar. De ser uma coisa que as pessoas acham que eu sou – e eu acabo acreditando que eu realmente sou. Ai, como eu tô cansada.

Ligo a TV na hora do almoço e vejo o mais novo escândalo brasileiro que envolve um sujeito que se diz budista cujo apelido é Charles Bronson e tem uma construtora chamada Gautama (de Sidarta Gautama, o Buda). Se eu lesse isso num romance do Rubem Fonseca eu diria que ele forçou um pouco a barra.

Ah é. Esqueci de contar. No filme Alpha Dog um dos moleques foge, adivinhem pra onde? Uma dica: começou a tocar “Girl from Ipanema”. Eu tive um ataque de riso no cinema. Incontrolável. Riso de nervoso. E pior: o cara não fugiu pro Brasil, e sim pro...Paraguai! Quer dizer: é tudo a mesma merda, mesmo então bota uma porra dum ritmo desses latinos tipo mambo, tango, rumba ou samba. Afinal, não há pecado ao sul Equador. Eu sei que isso denota a ignorância dos EUA em relação ao resto do mundo, mas como condenar que todo bandido do cinema fuja para o Brasil (que não raro tem como capital Buenos Aires ou Rio de Janeiro) se, no mundo real, eles também fogem pro Brasil? De nazistas a estelionatários?

Meu Deus, e ainda tem gente que vem para o Pan?! Pior: na primeira hora em que começaram a vender os ingressos, praticamente acabou tudo!! Tem gente que vai assistir aos jogos? No Rio? Num eveiiiinto organizado pelo nosso Estado???!!!

E eu tô começando a achar tudo isso bom. Digo, o fim deste mundo. Porque se não há mais solução – e não há – o melhor é que o mundo acabe, esse mundo que a gente conhece, para que outro possa surgir. Como diria o REM: is the end of the world as we know it…and I feel fine!

Vou arrumar – tentar, quer dizer, porque nada nesse país e nessa cidade pode ser simples – meu I-pod hoje. Caras, eu não conheço uma pessoa que tenha I-pod que não tenha dado defeito. Tive pena de não ter comprado um I-pobre no camelô, pois além de rádio e gravador, garanto que ele ainda estaria vivo. Meu I-pod morreu com uns 3 meses de uso. I hate I-pod dot com.

Acho que vou ver Homem Aranha 3. E passar no correio pra mandar uns contos pra um concurso que eu não vou ganhar.

U-hu. Eu adoro quando eu acordo otimista assim.

6 comentários:

Lara disse...

Cara o que eu mais queria era fugir daqui no Pan! Já imaginou os engarrafamentos? PQP! Vai ser uma desorganização total!
Vai ver Spiderman 3 que é muito legal! Eu hoje também vou ao cinema, só ainda não sei o que vou ver!
beijos

Canimo disse...

Aproveitando o REM : Shiny Happy People laughing...eventhough It´s the end of the world as we know it...

Anônimo disse...

Carrie, eu acho que a música toca mesmo é pra sacanear a família do Jesse James, que queria faturar bilhões em caso de alguma referência explícita a pessoas ou lugares reais.

Os roteiristas precisaram rebolar nas licenças poéticas.

Carrie, a Estranha disse...

Ué, mas eles dizem claramente q é baseado em uma história real e q o cara tá no corredor da morte!

Andrea disse...

Mas os nomes, lugares e algumas circunstâncias foram trocados, se vc reparar bem.

Jesse James virou Johhny True Love,trocaram Pasadena por Malibu, essas besteiras.

Cindy disse...

Ah, bem que achei estranho falarem que prenderam o cara no Paraguai, uma vez que eu sabia que o cara tinha sido preso em Copa, não?!