sexta-feira, outubro 27, 2006


Quando eu era muito pequena eu tinha muito medo da morte. Muito. A ponto de ter crises de pânico aos 8 anos de idade. E não adiantava mamãe e papai me dizerem que o Céu era um lugar lindo, cheio de anjinhos, pessoas felizes, vovôs e vovós. Eu simplesmente estava bem onde estava e não queria pensar em outro tipo de vida. Se Deus era assim, legal e bacana, porque ele não deixava a gente aqui? Ou porque ele não mostrava então como era do outro lado?


Quando cheguei na adolescência a coisa toda melhorou um pouco. Talvez porque estivesse mais preocupada com outras coisas. Depois voltou a preocupar.


Hoje em dia? Acho triste. E mais triste ainda pensar que certas pessoas têm uma vida miserável e depois morrem. Mas ainda me assusto com o fato das pessoas conseguirem sair pra trabalhar, estudar, sabendo que vão morrer um dia. Mas, tem que esquecer um pouco, né? Se não, fica muuito difícil.


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O mais triste em ser a caçula uma família enorme (avós paternos: 13 filhos: avós maternos 7; papai e mamãe: 5 filhos) é que, pela lei natural – e eu espero que assim continue – você vai vendo todo mundo morrer. Pouco a pouco todas as peças do dominó vão caindo. Vovó Nedi, Vovô Arnaldo, Tio Luís Carlos, Fabinho, Tio Hilton, Seu Haroldo, Tia Kaká, Papai, Tia Gecy, Tio Guido...Isso só entre os mais chegados. Fora os que eu não conheci.

Que puxa.

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“A vida nada mais é do que uma sombra que passa, um pobre histrião que se pavoneia e se agita uma hora em cena e, depois, nada mais se ouve dele. É uma história contada por um idiota, cheia de fúria e tumulto, nada significando” (Macbeth. Shakespeare).

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Por onde andam os idiotas dos meus contributors?

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