- Fulano? Foi muito difícil diagnosticar se o caso dele era neurose ou psicose.
(Formiga Sister já levantou suas antenas psicanalíticas)
- A gente acha que é simples: ou neurose, ou psicose, mas não é não.
(ôpa, ôpa! Não sou psiquiatra nem psicanalista, mas minha pequena experiência como maluca me prova que não é nada fácil. Neurose é neurose. Somos todos neuróticos pra psicanálise - mesmo porque se as outras oções são "psicótico" ou "perverso", neurótico é o melhorzinho. Psicose é outra coisa bem mais complexa).
- A mesma garota: Nossa a Ana me dava altos esporros por causa disso! Diagnosticar é fácil, difícil é justificar (??). Por exemplo, ele tinha fobia social, era estranho, ia ao shopping e achava que tava todo mundo olhando pra cara dele...
(Nesse momento pensei: sou eu! ela está falando de mim!)
No fim a garota manda a seguinte pérola: ele é maluco de pedra!
Ah tá. Que ótimo. Você vai a um médico ou psicólogo querendo um diagnóstico preciso e recebe uma pérola dessas: maluco de pedra. Isso até a minha faxineira diagnostica.
Aí outros temas profissionais vieram à baila e começaram a falar sobre ambulatórios e afins. As garotas estagiavam ou trabalhavam no Ipub, Hospital de maluquinho ligado à UFRJ. Os alunos de psicologia fazem estágio lá. Sei porque Chuícho fazia estágio lá.
É como diria O Alienista, de Machado de Assis: se formos prender todos os malucos no hospício, a cidade fica vazia. Então abramos os hospícios!
A psicanálise critica a psiquiatria por esta se utilizar de rígidos diagnósticos baseados, não raro, em premissas biologizantes. No entanto, criou-se um "psicanalês" que se torna tão sufocante quanto ser enquadrado em qualquer um desses sintomas.
Ai, ai...
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